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Calcinha antibactéria inibe odor e coceira, mas boa higiene também faz isso

Candidíase pode ser evitada com calcinha antibactéria - iStock
Candidíase pode ser evitada com calcinha antibactéria Imagem: iStock

Thais Szegö

Colaboração para o VivaBem

16/03/2018 04h00

Mau odor, coceira, ardência e corrimento na vagina são coisas que costumam incomodar algumas mulheres. Esses problemas são causados por fungos e bactérias e, para evitá-los, as pessoas recorrem a sabonetes íntimos, desodorantes e até calcinhas que prometem acabar com micro-organismo. 

De acordo com Karine Liotino, consultora de inovação da 2Rios, empresa que lançou uma lingerie que inibe a ação de micróbios, a peça conta com um substância que atrai os germes para seu tecido. "Lá, eles são perfurados, impedindo a sua atividade, crescimento e proliferação”, explica.

Liotino ainda afirma que, em testes realizados na Europa e nos Estados Unidos, o produto não demonstrou ser tóxico, provocar alergias ou oferecer risco às bactérias que compõem a flora vaginal e são imprescindíveis para a saúde da mulher. “A roupa íntima não tem contato profundo com a vagina e nem influência sobre ela, apenas destrói os micro-organismos que estão no tecido”, diz.

Boa higiene ainda é o cuidado principal

Apesar de os especialistas ouvidos pelo VivaBem considerarem a calcinha antibactéria uma forma interessante para proteger a genital feminina, a lingerie não substitui os cuidados básicos de higiene que as mulheres devem ter com a vagina. "É importante lavar a região com sabonete neutro, utilizar preferencialmente calcinhas de algodão [que permitem boa respiração] e não fazer uso de protetores diários”, ensina a ginecologista e obstetra Rosane Rodrigues, mestre em tocoginecologia pela Faculdade de Ciências Medicas da Santa Casa de São Paulo.

Trocar a roupa íntima mais de uma vez por dia quando estiver muito calor, dormir sem calcinha, ter cuidado na hora de escolher o estabelecimento onde vai fazer depilação, trocar o absorvente com frequência, evitar ficar muito tempo com biquíni molhado e não utilizar roupas apertadas são outros cuidados que ajudam a evitar mau cheiro, coceiras e até incômodos mais sérios trazidos por fungos e bactérias, como candidíase e infeções vaginais. 

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Toda peça íntima merece atenção

Independente de suas calcinhas terem ou não ação contra bactérias, procure sempre lavar as peças com sabão neutro e secá-las em ambiente ventilado. “Falando especialmente na linha antimicrobiana, é importante que a pessoa fique atenta a possíveis reações negativas provocadas pela roupa. Caso isso aconteça, procure o seu médico imediatamente”, recomenda Rodrigues. 

E, independentemente de qualquer coisa, não é normal que a mulher tenha constantes quadros de infecção urinária e candidíase. “Se isso ocorrer, é aconselhável consultar uma especialista para investigar os fatores que estão gerando o problema”, orienta a médica Cristina Carneiro, especializada em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

É importantíssimo que a paciente não pense que essas lingeries vão resolver possíveis problemas na região e, por isso, deixe de procurar um profissional, retardando o diagnóstico e por tabela o tratamento”, finaliza.

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