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Droga reduz risco de infarto e AVC em pacientes de alto risco

Getty Images
Imagem: Getty Images

Thamires Andrade

Do VivaBem, em São Paulo

10/03/2018 14h18

Ainda que o colesterol esteja intimamente ligado à principal causa de morte do mundo ?as doenças cardiovasculares—, muitas pessoas não conseguem manter a taxa de LDL (colesterol ruim) controlada. No entanto, uma nova droga se mostrou eficaz na redução desse marcador, o que diminui o risco de infarto e AVC em pacientes de alto risco.

Renato Lopes, médico cardiologista, cientista cardiovascular e professor da Duke University Medical Center, explica que muitas pessoas não respondem ao tratamento padrão (estatinas e mudança de estilo de vida) por conta dos efeitos colaterais do medicamento em alta dosagem ou até por diagnóstico de hipercolesterolemia familiar —quando o colesterol alto é herdado geneticamente.

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?Há 30 anos não tínhamos uma alternativa terapêutica para cerca de 15% da população que não responde ao tratamento padrão. Por isso, estudamos o que poderia melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e reduzir a mortalidade?, explica Lopes, um dos autores do estudo Odissey, apresentado hoje no congresso da American College of Cardiology.

O estudo analisou o efeito do alirocumabe, inibidor da PCSK9 que funciona de forma diferente de uma estatina. ?Ela aumenta o número de receptores de lipoproteína de baixa densidade (LDL), jogando o LDL para dentro da célula e, assim, reduzindo os níveis do colesterol no sangue?, explica.

A pesquisa foi realizada com quase 19 mil pacientes de 56 países —dentre eles o Brasil. Todos os voluntários eram pacientes de alto risco, ou seja, já tinham sofrido algum evento cardiovascular e não respondiam ao tratamento padrão para reduzir o colesterol.

Eles foram divididos em dois grupos —um recebeu o alirocumabe, enquanto o outro tomou placebo?e foram acompanhados, em média, 2,8 anos.

Os pesquisadores descobriram que o medicamento reduziu em 15% a chance de um evento cardiovascular, seja ele infarto, AVC, morte coronariana e angina com necessidade de hospitalização.

?Obtivemos efeitos muito significativos. Ao observar especificamente cada um dos eventos, notamos redução de 40% de AVC e de angina com necessidade de hospitalização. Os pacientes também tiveram 15% menos risco de infarto e houve redução significativa de morte por todas as causas?, afirma.

Para Lopes, o estudo só comprova a eficácia e segurança da molécula que trará melhor qualidade de vida para os pacientes de risco. ?Essa droga não é feita para qualquer um com colesterol alto. Mas é destinada para um grupo que não tinha nenhuma terapia disponível e maior risco de morrer por desfechos como AVC, infarto e angina?, afirma.

Algumas companhias farmacêuticas, como a Sanofi e Regeneron, já comercializam o medicamento alirocumabe no Brasil.

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