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Resistência dos elefantes ao câncer pode nos ajudar a combater a doença

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Imagem: iStock

Do VivaBem

09/03/2018 11h37

A maioria dos mamíferos do mundo é propensa ao câncer, mas os elefantes são estranhamente resistentes à doença. Agora, os cientistas estão investigando o que esses animais têm que os protegem dos tumores malignos e pretendem usar as descobertas para prevenir a doença em humanos.

Apesar de não serem completamente imunes, comparados aos humanos, as chances desses animais desenvolverem câncer são muito menores. Para se ter uma ideia, apenas cerca de 1 em cada 20 elefantes desenvolve a doença. Nos humanos, esse número sobre de 1 em cada 5 pessoas.

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Há alguns anos, os cientistas acreditavam que o responsável pela supressão dos tumores nos animais era a superabundância de um gene chamado p53. Os elefantes africanos, por exemplo, possuem 40 cópias da p53. Os seres humanos têm apenas uma.

Mas agora uma equipe de pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, encontrou mais pistas sobre como essa proteção ocorre e não é apenas por meio do p53.

Eles estudaram um tipo de DNA que não codifica proteínas --estudos recentes descobriram que ele desempenha outras funções, como ser capaz de controlar quando e onde os genes são expressos-- para obter elementos que ajudem a resistir a mutações e, portanto, o câncer.

Os cientistas expuseram o DNA à radiação gama e observaram como ele respondeu ao dano. Durante a análise, eles identificaram três genes no DNA dos elefantes --FANCL, VRK2 e BCL11A-- que em particular estão envolvidos no reparo do DNA que protege contra mutações.

Como os vertebrados têm muito DNA em comum, outros mamíferos também têm esses genes. As versões humanas não nos protegem do câncer da mesma maneira que parecem fazer nos elefantes, mas descobrir quais são esses genes pode ajudar os cientistas a examinarem sua evolução e determinar se podemos realizar uma mudança semelhante em nossos próprios genes.

"Estamos olhando para um território inexplorado", disse o neurobiologista Christopher Gregg, um dos autores do estudo. "Este método nos dá uma nova maneira de explorar o genoma e potencialmente descobrir novas abordagens para identificar, diagnosticar e tratar doenças."

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