Cientistas descobrem duas novas alternativas para combater a hipertensão
O excesso de sal na dieta e o estresse são fatores que podem levar à hipertensão arterial. A doença, que pode gerar problemas graves como ataques cardíacos e AVC, atinge 30 milhões de brasileiros. No entanto, o tratamento padrão (mudanças alimentares e medicamentos) não é eficiente para todos. Por isso, os pesquisadores têm estudado novas alternativas para tratar a doença.
Sistema imunológico envolvido
Uma delas é usando a imunoterapia. De acordo com a equipe do biólogo vascular David Harrison, da Vanderbilt University School of Medicine, uma molécula chamada 2-HOBA é capaz de regular a pressão arterial quase que instantaneamente em ratos. Isso acontece porque ela influencia as células imunes.
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Nos estudos roedores geneticamente modificados, sem as células T e B do sistema imunológico tinham menor pressão arterial. Quando as células T foram restauradas nos animais, no entanto, a pressão voltava a aumentar.
Os pesquisadores acreditam que uma droga imunossupressora, medicamento que atua no sistema imunológico diminuindo a capacidade do organismo atacar ele mesmo, pode ser eficiente para tratar a hipertensão. A equipe de Harrison já começou a fazer testes de segurança do 2-HOBA em humanos e eles esperam iniciar um teste clínico para desenvolver uma nova classe de medicamentos para controlar a doença.
Ajustes na flora intestinal
Um outro estudo quis compreender por que algumas pessoas não conseguem controlar a pressão arterial com as mudanças alimentares. Segundo cientistas da Universidade de Kent, as bactérias da flora intestinal podem ser as responsáveis.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 158 participantes com pressão alta e diferentes tipos de dieta: rica em gorduras; em proteínas; e em carboidratos.
Os pesquisadores descobriram que cada uma das três dietas saudáveis reduziu a pressão arterial na maioria dos participantes. No entanto, aqueles que não apresentaram melhoras com a alimentação tinham diferentes bactérias intestinais, detectadas pela identificação de metabólitos bacterianos no exame de urina.
A pesquisa sugere que existe o potencial para o desenvolvimento de planos de tratamento de pressão alta que levem em consideração os antecedentes metabólicos e microbiológicos do indivíduo.
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