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Cientistas encontram "pistas" que o câncer de mama familiar deixa no corpo

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

28/02/2018 20h04

As mutações em genes de câncer de mama, conhecidas como BRCA1 ou BRCA2, são identificadas apenas em 20% das mulheres que fazem testes genéticos para saber se têm câncer de mama familiar.

Para tentar melhorar essa taxa, pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, analisaram 210 pessoas de 25 famílias com vários casos de câncer de mama.

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Eles identificaram 24 mudanças epigenéticas anteriormente desconhecidas que alteram o risco de câncer de mama de uma mulher e ainda podem ser transmitidas por gerações sem envolver mudanças na sequência de DNA. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature.

“Para a maioria das mulheres que faz o teste genético, não há explicação para a predisposição ao câncer de mama”, afirmou Melissa Southey, líder do estudo. “Esse trabalho inovador não é apenas útil para mulheres de família com muitos casos de câncer de mama, como também melhora a previsão de risco de tumores para todas as mulheres e prepara o caminho para o desenvolvimento de terapias epigenéticas para a doença”, completa.

Os cientistas analisaram as alterações epigenéticas, que acontecem quando há uma mudança química que modifica o DNA sem alterar sua sequência. Essas variações químicas podem imitar as alterações genéticas, predispondo uma família ao câncer de mama.

A pesquisa é uma das primeiras a escanear sistematicamente o genoma para locais onde as alterações químicas são hereditárias, e a ligar esta modificação ao câncer de mama.

“Alguns indivíduos sabem que vêm de famílias com muitos casos de câncer de mama, mas não têm uma mutação em um gene do câncer de mama. Este estudo deve ajudar a responder o que acontece nesses casos. E podemos desenvolver testes para pesquisar os marcadores de alterações químicas associados ao câncer de mama”, disse o pesquisador Eric Joo.

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