Fim do sem glúten? Cientistas descobrem enzima que desativa doença celíaca
Os sintomas da doença celíaca são causados pelo consumo do glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada, no centeio e em alguns medicamentos, vitaminas e cosméticos. Por ser crônico, o problema pode durar anos ou a vida inteira e não há um tratamento, a não ser evitar o glúten na dieta. Uma nova pesquisa, no entanto, encontrou uma substância que é capaz de “desativar” a doença.
Publicada no periódico Journal of Biological Chemestry, o estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Os pesquisadores investigaram a enzima transglutaminase 2 (TG2), que regula o glúten no interior do intestino delgado. Em celíacos, ela provoca uma resposta autoimune, na qual o corpo não reconhece o revestimento do intestino delgado e o ataca.
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Primeiro, os cientistas analisaram a TG2 em pessoas saudáveis e descobriram que ela pode ser ativada ou desativada por uma determinada ligação química --em um intestino delgado saudável, mesmo que a TG2 seja muito abundante, ela é inativa.
Em um estudo de 2012, a mesma equipe já havia descoberto como ativar a TG2, ao quebrar um composto químico chamado dissulfeto. Dessa vez, eles encontraram uma nova enzima, chamada de ERp57, que desativa a TG2.
Agora, os pesquisadores começaram a estudar os medicamentos existentes que podem controlar essa espécie de “interruptor” recém-descoberto da doença celíaca.
Estudos anteriores em camundongos mostraram que a falta de TG2 não tem efeitos colaterais, então os cientistas esperam que o bloqueio em seres humanos possa ser um caminho adequado para o tratamento ou cura da doença.
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