Flora intestinal pode proteger contra infecção generalizada
A flora intestinal pode desempenhar um papel importante na proteção contra a infecção generalizada. Tudo isso por conta da sua influência no nível sanguíneo de certos anticorpos.
Esta foi a conclusão de pesquisadores da Perelman School of Medicine, na Universidade da Pensilvânia (EUA), que descobriram que a flora intestinal de ratos rica em proteobactérias aumentou a produção de imunoglobulina A (IgA) e protegeu os roedores da sepse.
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Principal causa de morte hospitalar, na sepse, a resposta imune inunda a circulação sanguínea com substâncias químicas que dão origem a uma inflamação generalizada que, por sua vez, faz com se formem coágulos nos vasos sanguíneos. Essa cadeia de eventos evita que o sangue nutritivo chegue ao órgãos, resultando em danos e, em casos graves, até a falência deles.
Se não for diagnosticado e tratado com prontidão, a sepse pode levar a morte. Segundo levantamento organizado por pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Instituto Latino Americano de Sepse, a cada ano morrem mais de 230 mil pacientes adultos nas UTIs em decorrência da doença.
Para confirmar que a resistência à infecção ocorreu devido ao IgA, a equipe da Universidade da Pensilvânia realizou transferência de sangue sem IgA em ratos com sepse, o que causou a morte de todos. Já os animais com sepse que receberam sangue enriquecido em IgA viveram muito mais tempo.
Juntando esses resultados, os autores do estudo concluem que a flora intestinal influencia os níveis sanguíneos de IgA, resultando em proteção contra a sepse bacteriana.
"Embora o IgA tenha protegido os camundongos em nosso estudo, não se deve presumir que a IgA possa substituir os tratamentos padrão fornecidos aos pacientes em um ambiente clínico", explica David Allman, principal autor do artigo, que será publicado na revista Cell Host & Microbe.
O próximo passo dos pesquisadores é entender o mecanismo através do qual os anticorpos IgA protegem contra a sepse e por que certos micróbios intestinais induzem as respostas apropriadas de IgA.
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