Beber um refrigerante ao dia já diminuiria fertilidade de homens e mulheres
Já há evidências de que o consumo de refrigerante contribui para o ganho de peso, diabetes tipo 2 e até para o derrame e demência. No entanto, um novo estudo mostrou que o consumo desta bebida também pode afetar a fertilidade.
Feita pela Escola de Medicina da Faculdade de Boston, nos Estados Unidos, a pesquisa descobriu que o consumo de uma ou mais de uma bebida açucarada (o que também inclui sucos de caixinha) por dia diminui a fertilidade tanto do homem quanto da mulher.
“Casais que estão tentando engravidar deveriam considerar diminuir o consumo destes tipos de bebidas”, diz Elizabeth Hatch, a principal autora do estudo, que foi publicado no periódico Epidemiology.
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Como foi feito o estudo?
Através dos achados do Pregnancy Study Online, site que reúne dados da vida de casais norte-americanos, os pesquisadores chegaram à conclusão. Eles analisaram 3.828 mulheres (de 21 a 45 anos e moradoras dos Estados Unidos e do Canadá) e 1.045 de seus parceiros.
Os voluntários tiveram de preencher um questionário sobre estilo de vida, histórico médico e dieta --incluindo a quantidade de quanto consumiam de bebidas açucaradas. Após essa primeira fase, as mulheres, então, continuaram sendo acompanhadas. A cada dois meses, durante um período de 12 meses ou até engravidarem, elas tiveram que responder mais perguntas.
Analisando os dados, o estudo observacional chegou à conclusão de que a ingestão de bebidas açucaradas reduz em 20% a fertilidade, tanto de homens quanto de mulheres. Segundo a autora, essa diminuição na fertilidade permanecia mesmo após o controle de outros fatores, incluindo obesidade, consumo de cafeína e álcool, tabagismo e qualidade geral da dieta.
Apesar de ser um estudo pequeno, a autora diz que essa relação entre as bebidas e a diminuição da fertilidade já deveria servir de alerta. “Levando em conta o alto nível de consumo de bebidas açucaras por esses casais na América do Norte, as descobertas podem ter importantes implicações para a saúde pública dos países”, disse a principal autora do estudo.
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