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Que tal um brinde? Baixo nível de álcool é bom para o cérebro, diz estudo

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

02/02/2018 19h11

Quando estamos cansados não é difícil imaginar a cena de chegar em casa do trabalho e abrir uma garrafa de vinho para descansar. Agora a ciência vai te fazer se sentir menos culpado por associar o vinho ao seu momento de relaxamento.

Um novo estudo, publicado na revista Scientific Reports, mostrou que baixos níveis de consumo de álcool acabam com inflamações e ajudam o cérebro a eliminar toxinas, inclusive as associadas à doença de Alzheimer.

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“Neste estudo, mostramos pela primeira vez que baixas doses de álcool são potencialmente benéficas para a saúde do cérebro, por melhorarem a capacidade do cérebro de remover o que é desnecessário”, explica a principal autora da pesquisa e neurocientista Maiken Nedergaard, do centro médico da Universidade de Rochester.

A pesquisa focou no sistema glicifático, responsável pelo processo de limpeza do cérebro. Esse mecanismo funciona quando o fluído espinhal cerebral é bombeado para o tecido cerebral e afasta o “lixo” da nossa cabeça, o que inclui proteínas que nos fazem mal como a beta amiloide e a tau, associadas a doença de Alzheimer e outras demências.

O estudo usou camundongos e analisou o impacto da exposição leve e crônica ao álcool.

Ao focar nos cérebros de animais expostos a altos níveis de álcool durante um longo período de tempo, os pesquisadores observaram altos níveis de inflamação, principalmente em células chamadas astrócitos, que são os principais reguladores do sistema glinfático. Eles também notaram comprometimento das habilidades cognitivas e habilidades motoras.

Já os camundongos que foram expostos a baixos níveis de álcool, o que representa cerca de dois drinques e meio por dia, tiveram menos inflamações no cérebro e o sistema glinfático foi mais eficiente ao limpar o cérebro em comparação com animais que não ingeriram bebidas alcoólicas. A resposta no desempenho nos testes cognitivos e motores foi idêntica.

“Estudos demonstram que a ingestão de baixa a moderada de álcool está associada a um menor risco de demência, enquanto o consumo excessivo durante muitos anos confere um risco maior de declínio cognitivo”, completa Nedergaard.

Não há dúvidas que o consumo excessivo de álcool seja um risco para saúde, mas muitas pesquisas recentes têm associado menores níveis de consumo de álcool com risco reduzido de doenças cardiovasculares, bem como alguns tipos de cânceres.

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