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Tem jeito certo para passar protetor e você provavelmente não está fazendo

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Gabriela Guimarães e Carolina Prado

Colaboração para o VivaBem

26/01/2018 04h01

Uma pesquisa da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, mostrou que muitas pessoas não passam o protetor solar direito. Ao aplicar o produto no rosto, por exemplo, a tendência é que elas deixem pelo menos 10% da pele da região desprotegida. As pálpebras, o canto interno dos olhos e o nariz estão entre as partes esquecidas mais frequentemente. Segundo os dermatologistas, com o restante do corpo acontece praticamente a mesma coisa. 

Descubra se você se protege bem

Na última vez que se expôs ao sol, você passou protetor solar nas partes listadas abaixo? 

  • Em toda a extensão dos braços, inclusive a parte interna;
  • Em toda a extensão das pernas, até atrás do joelho;
  • No dorso das mãos;
  • No couro cabeludo;
  • Nas orelhas;
  • Na nuca;
  • Na região do pescoço e do colo (onde fica o decote da blusa);
  • Nos lábios;
  • Nos pés.

Se você respondeu “não” a um grande número de itens, é bem provável que esteja passando protetor com muita pressa e sem os devidos cuidados. Isso representa um sério risco à saúde, já que todas as regiões citadas precisam de proteção, tanto quanto o restante do corpo.

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O jeito certo de passar protetor solar 2 - iStock - iStock
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A recomendação dos dermatologistas é proteger-se diariamente, mais de uma vez por dia. Passar protetor nas áreas que ficam mais expostas é obrigatório, mas você não pode se esquecer de partes escondidas.

O ideal é aplicar o protetor solar generosamente, de modo a cobrir todas as regiões do corpo com uma camada fina de produto.

A quantidade varia de uma pessoa para outra --de acordo com estatura e peso--, mas uma boa referência é aplicar: 1 colher (chá) para o rosto e pescoço; 1 colher (sopa) para a parte da frente do tronco e outra para a parte as costas; 1 colher (sopa) para os dois braços e a mesma medida para as pernas.

Em dias de praia e piscina, não se esqueça de espalhar o protetor 15 minutos antes de se expor ao sol, sobre a pele seca, e de reaplicá-lo pelo menos a cada duas horas.

Que produto escolho?

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de protetores solares de FPS 30, no mínimo. Porém, pessoas com peles mais claras vão se beneficiar de protetores com FPS mais alto, como o 50, principalmente para a área do rosto.

Se a exposição solar for mais intensa, existem opções, como os protetores com FPS 60 e 90, que são ainda mais resistentes, indicados para quem faz esportes ao ar livre, por exemplo.

Também há filtros enriquecidos com antioxidantes, como vitamina E e vitamina C, extratos botânicos anti-inflamatórios e hidratantes --para minimizar os danos causados pela radiação ultravioleta e pelo calor.

Fique longe do tão temido câncer

O maior problema de negligenciar partes do corpo que ficam constantemente expostas ao sol é o aumento do risco de câncer de pele. Segundo a pesquisa da Universidade de Liverpool, entre 5% e 10% dos casos de câncer de pele acontecem na pálpebra. Porém, a doença pode acometer qualquer área do corpo.

Não bastassem as lesões malignas, tomar sol sem proteção colabora para o aparecimento de manchas, rugas e ainda pode provocar queimaduras.

Por isso, os especialistas reforçam a importância de usar protetor solar não só durante o verão, na praia ou piscina, mas também sempre que for sair na rua --inclusive de carro. Durante o dia, os raios UVA e UVB atingem a atmosfera o tempo todo, até mesmo quando não está um sol de rachar.

Garanta proteção extra

Os óculos de sol também são indispensáveis. O acessório não só protege os olhos e córneas, como também a pele das pálpebras. Mas não basta escolher o mais estiloso, é importante que ele garanta proteção contra raios UVA e UVB.

Camisetas e chapéus são sempre recomendados --há, inclusive, tecidos com FPS--, assim como ficar na sombra o máximo que puder, principalmente nos horários próximos ao almoço.

Ao meio-dia (ou às 13 h, em cidades em que há horário de verão) é justamente quando as radiações percorrem a menor distância entre o sol e o nosso planeta, incidindo perpendicularmente na superfície da Terra.

FONTES: Claudia Marçal, especializada pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da American  Academy  of  Dermatology (AAD), dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz; Beni  Grinblat, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein; Thais Pepe, dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, membro da Sociedade de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia, diretora técnica da clínica Thais Pepe; Beatriz Lassance, cirurgiã plástica, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International  Society  of  Aesthetic  Plastic  Surgery) e da American  Society  of  Plastic  Surgery (ASPS).