Como o estresse nos deixa doente? Estudo desvenda reações do organismo
Nós já sabemos que o estresse é um grande vilão para saúde e pode nos prejudicar. Mas como exatamente esse nervosismo nos deixa doentes? Uma pesquisa feita pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, tentou desvendar o mistério.
Para compreender a publicação, é importante entender alguns mecanismos de resposta do nosso corpo. Então, vamos lá: os mastócitos são células imunológicas que desempenham um papel fundamental contra as doenças inflamatórias e alérgicas.
Veja também:
- Nada de positividade: o que reduz o estresse é mindfulness
- Prática no Japão, banho de floresta promete reduzir estresse
Em resposta a substâncias que causam alergia, como pólen e ácaros, os mastócitos liberam uma substância química chamada histamina, que trabalha para eliminar os alergênicos. É este processo que desencadeia os sintomas de alergias, como olhos lacrimejando ou nariz escorrendo.
Estudos anteriores mostraram que a atividade dos mastócitos aumenta em resposta ao estresse, o que pode causar um desequilíbrio e causar doenças.
Para descobrir como o estresse nos deixa fisicamente doente, os cientistas analisaram as relações entre os mastócitos e o hormônio CRF1. Por sua vez, o CRF1 responde ao estresse enviando sinais para células que trabalham no nosso sistema imunológico.
O tal do CRF1 faz as células imunes liberarem substâncias químicas que desencadeiam uma série de doenças, incluindo asma, lúpus e síndrome do intestino irritável. Ou seja, não é muito amigo.
Como chegaram a essa conclusão?
Para a nova pesquisa, os cientistas analisaram dois grupos de camundongos: um que possuía receptores normais de CRF1 em seus mastócitos, e outro que não tinha o tal hormônio.
No estudo, ambos os grupos de ratos foram expostos ao estresse psicológico e ao estresse alérgico, que deixam o sistema imunológico hiperativo.
Foi possível notar que os ratos com receptores normais de CRF1 em seus mastócitos experimentaram um aumento desproporcional nos níveis de histamina em resposta a ambas as condições de estresse, o que levou a doenças.
No entanto, os roedores que não possuíam receptores de CRF1 demonstraram baixos níveis de histamina em resposta ao estresse e tiveram menos doenças. Estes ratos tiveram uma redução de 54% de sintomas em resposta ao estresse alérgico e um declínio de 63% em resposta ao estresse psicológico.
A descoberta mostra que o CRF1 está criticamente envolvido em algumas doenças iniciadas por esses "estressores".
Quer um resumão em português? Os mastócitos se tornam altamente ativados em resposta a situações estressantes e o CRF1 ordena que as células liberem substâncias químicas que podem levar a doenças inflamatórias e alérgicas, como síndrome do intestino irritável, asma, alergias alimentares com risco de vida e distúrbios auto-imunes, como o lúpus.
Os cientistas se animaram com a novidade, pois agora podem pensar em novos tratamentos para doenças induzidas pelo estresse.
SIGA O VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook: https://www.facebook.com/VivaBemUOL/
Instagram: https://www.instagram.com/vivabemuol/
Inscreva-se no nosso canal no YouTube: http://goo.gl/TXjFAy
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.