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Como o estresse nos deixa doente? Estudo desvenda reações do organismo

Estresse/ Cansaço no trabalho - iStock
Estresse/ Cansaço no trabalho Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

11/01/2018 21h05

Nós já sabemos que o estresse é um grande vilão para saúde e pode nos prejudicar. Mas como exatamente esse nervosismo nos deixa doentes? Uma pesquisa feita pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, tentou desvendar o mistério.

Para compreender a publicação, é importante entender alguns mecanismos de resposta do nosso corpo. Então, vamos lá: os mastócitos são células imunológicas que desempenham um papel fundamental contra as doenças inflamatórias e alérgicas.

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Em resposta a substâncias que causam alergia, como pólen e ácaros, os mastócitos liberam uma substância química chamada histamina, que trabalha para eliminar os alergênicos. É este processo que desencadeia os sintomas de alergias, como olhos lacrimejando ou nariz escorrendo.

Estudos anteriores mostraram que a atividade dos mastócitos aumenta em resposta ao estresse, o que pode causar um desequilíbrio e causar doenças.

Para descobrir como o estresse nos deixa fisicamente doente, os cientistas analisaram as relações entre os mastócitos e o hormônio CRF1. Por sua vez, o CRF1 responde ao estresse enviando sinais para células que trabalham no nosso sistema imunológico.

O tal do CRF1 faz as células imunes liberarem substâncias químicas que desencadeiam uma série de doenças, incluindo asma, lúpus e síndrome do intestino irritável. Ou seja, não é muito amigo.

Como chegaram a essa conclusão?

Para a nova pesquisa, os cientistas analisaram dois grupos de camundongos: um que possuía receptores normais de CRF1 em seus mastócitos, e outro que não tinha o tal hormônio.

No estudo, ambos os grupos de ratos foram expostos ao estresse psicológico e ao estresse alérgico, que deixam o sistema imunológico hiperativo.

Foi possível notar que os ratos com receptores normais de CRF1 em seus mastócitos experimentaram um aumento desproporcional nos níveis de histamina em resposta a ambas as condições de estresse, o que levou a doenças.

No entanto, os roedores que não possuíam receptores de CRF1 demonstraram baixos níveis de histamina em resposta ao estresse e tiveram menos doenças. Estes ratos tiveram uma redução de 54% de sintomas em resposta ao estresse alérgico e um declínio de 63% em resposta ao estresse psicológico.

A descoberta mostra que o CRF1 está criticamente envolvido em algumas doenças iniciadas por esses "estressores".

Quer um resumão em português? Os mastócitos se tornam altamente ativados em resposta a situações estressantes e o CRF1 ordena que as células liberem substâncias químicas que podem levar a doenças inflamatórias e alérgicas, como síndrome do intestino irritável, asma, alergias alimentares com risco de vida e distúrbios auto-imunes, como o lúpus.

Os cientistas se animaram com a novidade, pois agora podem pensar em novos tratamentos para doenças induzidas pelo estresse.

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