Praticar exercício altera o funcionamento da microbiota, diz estudo
Cientistas da Universidade de Illinois, nos EUA, relacionaram dois grandes responsáveis pela saúde do corpo: as bactérias do intestino e a prática de atividades físicas. De acordo com os pesquisadores, o exercício pode alterar a composição e a forma como os trilhões de micróbios do intestino agem.
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Para o experimento, publicado em novembro no periódico Medicine & Science in Sports & Exercise, foram recrutados 32 homens e mulheres sedentários. Metade deles era obeso e o resto tinha um peso considerado saudável.
Os cientistas fizeram exames de sangue e de fezes nos voluntários e pediram para que os participantes realizassem exercícios físicos três vezes por semana. A dieta deles não foi alterada.
Após seis semanas, os pesquisadores coletaram mais amostras e pediram para que os voluntários parassem de se exercitar. Depois de outras seis semanas, os testes foram repetidos.
Os resultados das análises mostraram que a microbiota dos participantes foi alterada durante o experimento e até os genes de certos microrganismos sofreram mudanças: alguns passaram a trabalhar mais pesado e outros, mais devagar.
De acordo com os cientistas, houve um aumento na quantidade de micróbios que podem ajudar a produzir substâncias chamadas ácidos graxos de cadeia curta. Acredita-se que eles ajudam a reduzir a inflamação no intestino e no resto do corpo. Também trabalham para combater a resistência à insulina, um precursor da diabetes, e reforçam nosso metabolismo.
A maioria dos voluntários apresentou concentrações maiores desses ácidos graxos após o exercício, assim como os micróbios que os produzem. No entanto, esse aumento foi maior entre os voluntários magros, em comparação com aqueles que eram obesos.
Surpreendentemente, após os participantes pararem de se exercitar, as alterações no intestino se dissiparam.
O estudo sugere que mesmo poucas semanas de exercício já podem fazer alguma diferença no funcionamento da microbiota e na saúde do corpo, segundo Jeffrey Woods, que conduziu o estudo. Em teoria, disse Woods, essas alterações podem contribuir para a redução da inflamação, mas mais estudos são necessários para provar isso e inclusive explicar por que as pessoas obesas não tiveram os mesmos benefícios.
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