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3 motivos que vão te fazer nunca mais cutucar suas espinhas

Getty Images
Imagem: Getty Images

Gabriela Guimarães e Marina Oliveira

Colaboração para o VivaBem

19/12/2017 04h15

O mau funcionamento das glândulas sebáceas faz com que a gordura produzida por elas não seja eliminada pelos folículos da pele. O sebo retido ali forma o cravo –os pontinhos pretos são os fechados, já os brancos são cravos abertos. A espinha é quando bactérias tomam conta desse acúmulo de sebo e surge uma lesão inflamada –vermelha e inchada.

Cravos e espinhas são parte da acne, uma doença de pele. E eles têm uma coisa em comum: não devem ser cutucados ou espremidos –nem para tirar aquela gosma amarela nojenta, conhecida como pus.

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A recomendação não é caretice dos dermatologistas. Veja, a seguir, três motivos que vão te fazer pensar duas vezes antes de espremer as espinhas: 

1) Vai doer e ficar ainda maior

Não poderia sair nada de bom em mexer em um processo inflamatório sem luvas, sem limpeza adequada e, de quebra, com uma força exagerada. A piora da reação inflamatória é quase certa, o que causa inchaço –o que era apenas um cravo ou espinha discreta pode se tornar um grande ponto vermelho no rosto. A dor também pode aparecer, culpa do trauma causado ao tentar espremer a pele.

Se a medida desesperada é por conta de algum evento social, mais eficiente e seguro é aplicar um gel ou pomada específica para secar espinhas. Procure na fórmula por alguma dessas substâncias: ácido salicílico ou peróxido de benzoíla, pois têm ação anti-inflamatória e antibacteriana. Máscaras de argila têm função secativa e também podem ser usadas para acelerar a cicatrização da pele.

2) A pele pode ficar marcada

O processo inflamatório da espinha pode necrosar o tecido, o que pode causar uma depressão na pele, que é a cicatriz. Manchas também podem aparecer, especialmente em peles escuras, porque têm a tendência de produzir pigmentação como resposta a alguma lesão.

E, para tentar reverter qualquer um desses quadros, é preciso realizar procedimentos médicos que utilizam laser, agulhas e peelings. No entanto, dependendo do tipo da cicatriz, ela pode não sumir por completo, apenas ter sua aparência suavizada.

3) Você pode contrair uma infecção

Ao mexer em uma lesão sem os devidos cuidados de assepsia, você favorece a penetração de outras bactérias. Uma simples espinha pode se transformar em celulite facial, uma infecção profunda do tecido cutâneo.

Esse tipo de infecção deixa o local vermelho, inchado e dolorido, além de causar febre. Se não for tratada de maneira certa (é preciso internação para receber antibiótico na veia), a celulite facial pode levar a outras doenças, como meningite ou até trombose, já que a face tem comunicação direta com o sistema nervoso central. 

Em casos mais graves, as bactérias caem na corrente sanguínea e causam a sepse, infecção generalizada que mata, por ano, 230 mil pacientes adultos nas UTIs, segundo levantamento de pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Instituto Latino Americano de Sepse.

Como cuidar

Ao perceber que a pele tem tendência a desenvolver muitos cravos e espinhas (oleosidade e poros abertos são indícios) é preciso consultar um dermatologista e seguir um tratamento para controlar a acne e não cair na tentação de tomar medidas desesperadas.

A limpeza de pele realizada por um esteticista habilitado é indicada, mas, muitas vezes, é necessário diminuir a inflamação com tratamentos tópicos e, às vezes orais, antes de aderir à limpeza de pele.

Fontes: Andréa  Rosato, dermatologista e gerente médica da Biolab Sanus Farmacêutica; Isabela Poffo, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein; Meire Brasil Parada, médica da Universidade Federal de São Paulo e Valéria Stagi, dermatologista do Hospital Oeste D’Or.

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