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Crianças com autismo podem restaurar comportamento social com novo método

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Do VivaBem

14/12/2017 12h49

Cientistas estão estudando a viabilidade de tratar crianças com autismo com neuromodulação --tratamento que consiste em aplicar um campo eletromagnético para modificar e modular o sistema nervoso--, após um novo estudo mostrar que deficiências sociais podem ser corrigidas com estimulações cerebrais.

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A pesquisa, realizada pelo O'Donnell Brain Institute, nos EUA, mostrou evidências que uma parte específica do cerebelo, uma região perto do “pé” do cérebro que sempre esteve associada à coordenação dos movimentos, pode ter relação com os comportamentos autistas. Isso estabelece um alvo mais acessível para a estimulação cerebral do que muitos circuitos neurais relacionados à doença e que estão profundamente enterrados nos vincos do cérebro.

“Essa é uma descoberta potencialmente poderosa”, disse Peter Tsai, que dirigiu a pesquisa. “De um ponto de vista terapêutico, essa parte do cerebelo é um alvo motivador. E apesar de a neuromodulação não curar a causa genética estrutural de uma pessoa com autismo, ela melhora os déficits sociais em crianças que têm a doença e podem ter um impacto gigante na qualidade de vida delas.”

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Novo tratamento consiste em aplicar um campo eletromagnético para modificar e modular o sistema nervoso
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A pesquisa, que foi a capa da edição de dezembro da Nature Neuroscience, utilizou a neuromodulação para demonstrar que humanos e camundongos têm conexões parecidas em domínios específicos no cerebelo e córtex central. As fases subsequentes do estudo mostraram que interromper o funcionamento dentro do domínio do cerebelo resultou em comportamentos autistas e que a estimulação cerebral corrigiu a deficiência social nos ratos.

O próximo passo é garantir que a mesma técnica é segura para ser conduzida em crianças. Embora a neuromodulação cerebelar já foi usada no tratamento de distúrbios como esquizofrenia, ela ainda não foi estudada em crianças com autismo.

“Nossa descoberta causou novas reflexões em como o cerebelo pode estar envolvido no autismo e, mais importante, sugere que essa parte do cérebro pode ser um alvo terapêutico para o tratamento”, disse Tsai.

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