Anticoncepcional eleva risco de câncer de mama, mas reduz chances de outros

Depois que um estudo encontrou mais casos de câncer de mama entre mulheres que usam contraceptivo hormonal, muita gente ficou assustada e se perguntando se precisava deixar o método de lado imediatamente.

A resposta será diferente para cada mulher e depende de fatores como idade, hábitos, saúde e outras características. De acordo com análises e junção de estudos feita pelo The New York Times, não há motivo de desespero e não é preciso jogar a pílula no lixo nesse instante.

A relação do contraceptivo com o câncer é complexa. Ao mesmo tempo que aumentam as chances de câncer de mama, os anticoncepcionais reduzem a incidência de alguns cânceres menos comuns, como o de endométrio e o de ovário, que muitas vezes são detectados em estágios avançados, quando é difícil de tratar. Existem ainda outras evidências de que reduzem as chances de câncer colorretal.

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Um estudo britânico com acompanhou por 44 anos mais de 46 mil mulheres que usavam contraceptivo hormonal e comprovou que houve um aumento em alguns cânceres, como o de mama, mas que o efeito sobre as taxas gerais de câncer foi neutro, porque outros tipos de câncer foram reduzidos.

“O uso de anticoncepcionais ao longo da vida de uma mulher pode prevenir mais câncer do que causar”, explicou David Hunter, professor de medicina na Universidade de Oxford, ao The New York Times. “Há bons dados para mostrar que cinco ou mais anos de uso de contraceptivo hormonal reduz substancialmente o câncer de ovário, e os riscos de câncer de endométrio e colorretal. E a proteção persiste por 10 ou 20 anos após o fim do uso”, completou.

É claro que os resultados do novo estudo sobre câncer de mama são importantes, mas é preciso ter cautela ao interpretar as conclusões. Se estiver insegura sobre o seu medicamento é recomendado buscar atendimento médico para avaliar se há necessidade de troca.

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