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Estresse pode prejudicar a eficácia de tratamentos contra o câncer

Estresse tem muitos males, e pode prejudicar até o tratamento de câncer - iStock
Estresse tem muitos males, e pode prejudicar até o tratamento de câncer Imagem: iStock

Do VivaBem

29/11/2017 10h22

Descobrir um tumor pode ser um momento marcante na vida de uma pessoa. A notícia pode causar um estresse tão grande que pode afetar a forma como o corpo responde ao tratamento da doença, segundo um estudo feito pela Universidade de Queensland, na Austrália.

Em um experimento com camundongos, os cientistas descobriram que o linfoma progredia de forma mais acelerada quando os animais eram manipulados a desenvolverem respostas psicológicas ao estresse de forma semelhante as dos humanos.

“Quando nós usamos imunoterapias nesses ratos, eles não foram capazes de responder tão efetivamente ao tratamento quanto àqueles que não estavam estressados”, disse Stephen Mattarollo, autor do estudo, que foi publicado no periódico Cancer Immunology Research.

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“Isso porque o estresse prejudica o funcionamento das células T contra o câncer. Elas são muito importantes no controle do sistema imune e na vigilância dos tumores, e são os alvos principais em muitos tratamentos por imunoterapia”, explicou Mattarollo.

Além da imunoterapia, os cientistas também notaram que o estresse e a ansiedade afetam a eficácia da quimioterapia e de outros tratamentos que dependem do próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer.

Estresse - iStock - iStock
O aumento do estresse é natural e compreensível após o diagnóstico de um câncer, mas é preciso encontrar uma forma eficaz de reduzí-lo
Imagem: iStock

Psiconeuroimunologia e remédios para a pressão podem ajudar

Criada em 1986, a psiconeuroimunologia tem explorado a relação entre a mente, o sistema nervoso e o sistema imunológico, e pode ser a solução para tratamentos afetados pelo estresse.

"[...] Evidências sugerem que tratamentos e intervenções no estilo de vida podem gerenciar ou reduzir os níveis de estresse e melhorar as chances de esses pacientes responderem a terapias", disse Mattarollo.

Segundo os pesquisadores, é essencial tentar reduzir o estresse do paciente, por meio da psiconeuroimunologia ou outras práticas, como ajudar com a vida familiar, aliviar as pressões no trabalho, criar um melhor ambiente hospitalar, ou mesmo apenas conversando.

A equipe também está pesquisando se a imunoterapia pode ser combinada com medicamentos para pressão arterial. Eles acreditam que ambos podem ajudar a bloquear o efeito dos hormônios do estresse no sistema imunológico, melhorando a eficácia do tratamento.

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