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Tempo de tela altera estrutura do cérebro infantil, diz estudo

Estudo mostra que celulares podem afetar fisicamente o cérebro de adolescentes - iStock
Estudo mostra que celulares podem afetar fisicamente o cérebro de adolescentes Imagem: iStock

Lisa Lee

10/12/2018 17h30

Smartphones, tablets e videogames estão alterando fisicamente o cérebro dos adolescentes, de acordo com os primeiros resultados de um estudo de US$ 300 milhões financiado pelo NIH (Instituto Nacional de Saúde, em sigla em inglês), segundo uma reportagem do programa "60 Minutes".

Os cientistas acompanharam mais de 11 mil jovens de nove a dez anos durante uma década para ver como essas experiências da infância afetam o cérebro, o desenvolvimento emocional e a saúde mental. Os primeiros dados sugerem que a enorme exposição a telas de aparelhos tecnológicos foi um fato transformador para os jovens, e (talvez) não para melhor.

Nos exames do cérebro de 4.500 crianças, o uso diário de aparelhos eletrônicos durante mais de sete horas mostrou um afinamento prematuro do córtex cerebral, a camada mais externa que processa as informações do mundo físico. Embora a diferença tenha sido significativa em comparação com os participantes que passaram menos tempo na frente de telas, a diretora de estudos do NIH, Gaya Dowling, alertou quanto a tirar conclusões precipitadas.

"Não sabemos com precisão se isso está sendo causado pelo tempo passado na frente de telas", disse Dowling, de acordo com uma transcrição fornecida antecipadamente pela rede CBS. "Só depois de acompanhar esses jovens durante um tempo é que poderemos confirmar se há resultados associados às diferenças que estamos vendo neste retrato isolado."

Os primeiros resultados do estudo, chamado Desenvolvimento Cognitivo do Cérebro Adolescente, determinaram que as crianças que passam mais de duas horas por dia na frente de telas tiram notas mais baixas em testes de raciocínio e linguagem. Uma importante divulgação de dados está prevista para o início de 2019.

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