Afinal, qual é a melhor dieta para emagrecer?
A cada dia surgem novas dietas prometendo maior perda de peso ou melhor manutenção do peso no longo prazo. As dietas mais propagadas envolvem modificações na composição dos macronutrientes- ou seja, alterando a proporção de carboidratos ou de gorduras, por exemplo. Algumas explicações para justificar o uso de uma dieta ou de outra incluem resposta individual a diferentes cargas de gordura (de acordo com a genética de cada um) ou mesmo um maior consumo de proteínas nas dietas restritas em carboidrato que levaria a maior sensação de saciedade, por exemplo.
Apesar de existirem possíveis mecanismos que expliquem por que alguma dieta deve ser melhor do que outra, na verdade, os estudos sugerem que a maioria das dietas são igualmente eficazes na perda de peso.
Pesquisadores canadenses realizaram uma grande revisão que teve como objetivo justamente avaliar a perda de peso com as famosas dietas "Low-carb" e "Low-fat". A intenção deles foi verificar os estudos de melhor qualidade científica com essas dietas para tirar conclusões sérias sobre o assunto.
O que eles encontraram? A perda de peso em estudos com até seis meses de duração foi discretamente superior no grupo "Low-carb" (aproximadamente 800g a mais), mas os estudos com maior duração, no caso 12 meses, mostraram que ambas as dietas foram igualmente eficazes na perda de peso. Os autores concluíram que a perda de peso é semelhante com todos os tipos de dieta, independente de sua composição, desde que tenham a mesma restrição de calorias.
Mas será que "uma caloria é uma caloria" simplesmente?
Outros fatores devem ser analisados. Afinal, quem está fazendo essa dieta? Qual o impacto da composição da dieta na saúde metabólica? Qual o tipo de gordura e o tipo de carboidrato que está sendo utilizado? Sabemos, por exemplo, que a resposta do organismo a uma carga de gorduras saturadas ou insaturadas é muito diferente. E que o efeito do consumo de carboidratos simples com alto índice glicêmico é totalmente diferente do efeito de se consumir uma dieta com baixo índice glicêmico. Além disso, existe a genética de cada um, bem como a condição metabólica e os fatores de risco cardiovascular que cada pessoa tem.
Existem evidências que dietas restritas em gordura estão associadas a maior redução do colesterol LDL (o colesterol ruim) em relação a dietas restritas em carboidratos, e estas, especialmente as que restringem alimentos com alto índice glicêmico, estão associadas a maior redução de triglicérides e glicemia, por exemplo.
Outro aspecto muito importante é a aderência. Ou seja, a melhor dieta é aquela que a pessoa consegue fazer por longos períodos e isso é muito individual. Além disso deve trazer beneficios para saúde e isso vai depender dos fatores de risco que cada um já possui. Mas a dieta não pode ser um fardo. Flexibilidade e prazer também devem ser levados em conta!
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