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Não respeita o chefe? Lidar com ele manterá seu emprego e te fará crescer

Inteligência emocional e resiliência são qualidades necessárias para lidar com um chefe que você não respeita - Getty Images
Inteligência emocional e resiliência são qualidades necessárias para lidar com um chefe que você não respeita Imagem: Getty Images

Adriana Nogueira

Do UOL

11/12/2017 04h00

Você ganhou um novo chefe e não o respeita –seja porque esperava ocupar a posição, seja porque já o conhece e não teve uma boa experiência trabalhando com ele. Aprender a lidar com a situação é mais do que necessário para manter o emprego, é também uma oportunidade de amadurecimento profissional.

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“Eu senti na pele essa experiência. Tinha sérias dúvidas sobre a ética de um chefe quando ele assumiu a equipe onde eu trabalhava”, afirma Marcia Vazquez, gestora de capital humano e de operações da consultoria Thomas Case & Associados.

Marcia conta que buscou reconhecer as qualidades do novo gestor e a olhar –e buscar reverter– para as próprias falhas, limitações que a impediram de ser a dona do posto.

“Pensei comigo que se não conseguisse lidar com ele era porque não tinha nem inteligência emocional nem resiliência para enfrentar situações difíceis”, diz a gestora.

Pense antes de jogar a toalha

A headhunter e coach Luciana Tegon, que tem MBA em gestão de recursos humanos, afirma que pedir demissão é sempre uma opção, mas deve ser avaliada com cautela por dois motivos: a crise econômica atual –que torna mais incerta uma recolocação profissional– e se a medida não vai interromper uma trajetória ascendente na companhia.

“Se a pessoa que foi promovida a chefe não tiver competência, a empresa, com certeza, vai rever isso, a médio ou longo prazo. E, se você pedir demissão, não estará lá para batalhar pela vaga”, fala Luciana.

Nada de operação tartaruga

Se a decisão for ficar, o primeiro passo é desencanar da postura bastante comum em situações como essa de fazer apenas o necessário. Ao adotá-la, você não prejudica apenas o seu gestor, mas, principalmente, você.

“Isso é auto-sabotagem, porque abala a reputação diante de outras lideranças da empresa, com quem você poderia vir a trabalhar”, fala Marcia Vazquez.

A gestora de capital humano conta que, no seu caso, impôs-se como meta buscar novos conhecimentos. “Fiz cursos voltados para a gestão de pessoas e de negócios. Sinto orgulho de olhar para a situação e constatar que não joguei a toalha.”

Para Luciana, aquele que esperava ocupar a posição tem o direito de questionar a decisão da empresa, desde que aja racionalmente.

“Sou a favor de relações francas e não descartaria uma conversa com o superior do chefe, para perguntar o que ele acha que falta em você, para que você supra e tenha uma oportunidade no futuro”, fala Luciana.