Parece mentira, mas a homossexualidade ainda provoca preconceito e ódio

O jornalista William De Lucca | Créditos: Reprodução/Twitter

O jornalista William de Lucca, que é gay, defende o fim da homofobia nos estádios de futebol. Ele diz que não é só a torcida do seu time, o Palmeiras, que é homofóbica; outras torcidas no Brasil e no mundo também são.

"Esses gritos contra outros jogadores, contra o goleiro no tiro de meta, contra outros torcedores… Há uma ideia de achar que no estádio essa atitude é aceitável, como foi com o machismo, o racismo e agora com a homofobia, mas não é", afirmou ele.

William se sentiu ofendido com as manifestações de torcedores do Palmeiras durante o jogo contra o São Paulo e resolveu postar sobre isso no Twitter. Houve ofensas e ameaças, mas ele também recebeu mensagens de apoio dos torcedores do Palmeiras e de outros times.

Parece mentira, mas a homossexualidade ainda provoca preconceito e ódio. Além dos insultos habituais, os ataques físicos são comuns. A homofobia deriva de um tipo de pensamento que equipara diferença à inferioridade.

E quem são os homofóbicos? Alguns estudos indicam que são pessoas conservadoras, rígidas, com baixo nível de inteligência. Por mais que se denuncie o absurdo que o ódio e a frequente agressão aos gays representam, a homofobia não deixará de existir num passe de mágica.

É fundamental que mais pessoas denunciem qualquer tipo de ataque homofóbico. Só assim, mais pessoas podem tomar consciência desse absurdo. Há algo que me surpreende: será que já não passou da hora de se perceber que a homossexualidade é tão normal quanto a heterossexualidade?

A torcida do Palmeiras, em sua homofobia típica, canta que 'todo viado nessa terra é tricolor'.

Parece que encontrei uma exceção a regra: eu mesmo, viado e palmeirense, e que cola no estádio em TODOS os jogos. pic.twitter.com/2ZcDymrK3x

— William De Lucca ☭ (@delucca) March 9, 2018