Enquanto na cohousing as pessoas dispõem de moradias individuais e compartilham áreas comuns, na república o grupo habita a mesma casa. Ambos os modelos propõem redução de custos e convívio e são alternativas de moradia para idosos com autonomia física e mental.
A República de Idosos de Santos (foto), no litoral de São Paulo, é pioneira no Brasil. Inaugurada em 1996, conta hoje com três unidades geridas pela prefeitura da cidade. Elas são mistas e têm em média 5 moradores cada --com idades entre 65 e 89 anos.
Entre os pré-requisitos para morar lá, estão dispor de autonomia física e psíquica e ter renda até dois salários mínimos. O custo é de R$ 170 e inclui água, luz e aluguel. Os moradores dividem tarefas, inclusive domésticas.
A perda de autonomia do idoso é um impeditivo para viver na república, já que ele é encaminhado para uma ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos), conveniadas da Secretaria Municipal de Assistência Social. Mas não para morar em uma cohousing.
Enquanto os idosos estiveram ativos, ficam em suas casas [na cohousing]. Ao passarem para um estágio que necessitem de cuidados intensivos, a ideia é que morem em uma casa comum com cuidadores compartilhados.
Bernadete Piazzon, uma das idealizadoras da Vila ConViver
Ela ainda conta que as reuniões para estabelecer local do terreno e custos da primeira cohousing do Brasil estão em andamento, mas provavelmente não será um valor simbólico, como o da Vila dos Idosos ou da República.
E aí, já começou a planejar onde irá passar a sua velhice?