Pelotão, é hora de suar!

A atriz Júlia Olliver encarou o treinamento militar, que é intenso e acaba com até 800 calorias

Raphaela Brumatti Colaboração para o UOL VivaBem Simon Plestenjak

Um, dois, três, quatro... Quatro, três, dois, um! Feita em um tom de voz alto e agressivo, essa contagem faz muita gente se lembrar dos treinos dos soldados. Mas engana-se quem pensa que para realizar um treinamento com pegada militar precisa entrar para o Exército. Os exercícios dos combatentes passaram por adaptações e hoje podem ser executados na academia ou no parque, por pessoas que querem definir o corpo ou apenas buscam uma vida mais saudável.

Para você entender todos os detalhes de como funciona o treinamento militar e seus benefícios, o UOL VivaBem convidou Júlia Olliver, 16 anos, influenciadora digital e atriz que viveu a Pata no remake Chiquititas, do SBT, para experimentar a atividade.

"Não tive dúvidas e aceitei o desafio! Adoro viver novas experiências, principalmente quando o assunto é atividade física. Iniciei recentemente a musculação com personal na academia Smart Fit. O objetivo é ganhar condicionamento e melhorar o controle da respiração, para ingressar na carreira de cantora, que é o meu grande sonho", comenta Júlia, que durante cinco anos jogou handebol no time feminino da escola.

Como é o treino

O treinamento militar trabalha o corpo todo e tem como objetivo desafiar o praticante a sair da zona de conforto. A aula geralmente é feita em grandes grupos, que podem chegar a 260 pessoas, com o intuito de criar o senso de comunidade e resgatar os valores de organização, educação, respeito, trabalho em equipe e superação.

Intensa, a atividade dura 60 minutos e proporciona um gasto calórico de até 800 calorias --que varia conforme perfil do praticante. Os exercícios funcionais utilizam o peso do próprio corpo ou acessórios rústicos, como pneus, corda naval, caixote para salto, além dos equipamentos tradicionais que podem ser encontrados em uma academia, como kettlebell, elástico e halteres.

"A atividade prepara o aluno para a 'guerra' do dia a dia e traz muitos benefícios. Os exercícios têm como objetivo trabalhar as funções motoras básicas e deixar o corpo pronto movimentos de rotina, como agachar, correr, saltar, empurrar, rotacionar, pular e puxar", comenta o profissional de educação física André Trombini, que criou a metodologia há quatro anos, junto com Dinei Siqueira.

O treinamento pode ser aplicado em parques, praças, academias, quadras esportivas ou qualquer lugar.

Simon Plestenjak Simon Plestenjak

Bons motivos para apostar no treinamento militar

  • Mais resistência

    Os exercícios aeróbicos e de força muitas vezes exigem velocidade e deslocamento, o que eleva a resistência cardiorrespiratória e muscular.

  • Músculos fortes e flexíveis

    Esses benefícios são adquiridos graças a movimentos contínuos que utilizam carga ou o peso do corpo, sempre feitos com grandes amplitudes.

  • Corpo esperto

    O treino conta com exercícios que requerem movimentos rápidos e dinâmicos. Eles ajudam a trabalhar equilíbrio, agilidade e potência.

  • Adeus, gordura

    Devido ao grande gasto calórico, se o praticante tiver boa frequência nas aulas e uma dieta balanceada, vai conseguir bons resultados de perda de peso.

"A aula é intensa e os treinadores ficam no pé, não dá pra relaxar"

A atriz Júlia Olliver conta como foi sua experiência no treinamento

"Mesmo achando o treino pesado para o meu atual condicionamento físico, adorei! Com certeza voltaria outras vezes com os meus amigos. Achei a aula uma forma divertida de executar os exercícios, principalmente por conta dos estímulos dos professores e a motivação de ver o colega ao lado se superando. O treinamento militar não é tão monótono quanto a musculação, por exemplo.

Mas confesso que não estava preparada fisicamente e psicologicamente para o método. Foi uma loucura, principalmente porque tive dois professores no meu pé, como num quartel mesmo (risos). Eles ficam o tempo todo incentivando e cobrando. Isso é bom, pois faz com que o aluno tente manter a intensidade alta o tempo todo, não pare e tire forças para dar seu máximo.

Quando soube que existem alunos de 60 anos de idade que praticam o treinamento militar, fiquei surpresa e admirada. Um dia eu chego nesse nível, agora essa será mais uma meta na minha vida (risos). Desde quando parei com o handebol, não tive mais contato com exercícios em grupo, aeróbicos ou funcionais, mas sei da importância para ganhar resistência para a carreira de cantora que quero seguir."

Simon Plestenjak Simon Plestenjak

Qualquer um pode entrar para o "batalhão"

Qualquer pessoa apta a praticar atividade física, independentemente do sexo ou da idade, pode aderir ao treinamento militar. A orientação é que a modalidade seja praticada de três a cinco vezes por semana --a periodização dos exercícios segue de forma que cada indivíduo empregue seu máximo na atividade sem risco de sobrecarga.

"Cada aluno faz dentro do seu limite, mas visando um passo à frente. O corpo precisa sempre de novos estímulos para alcançar os resultados desejados, seja emagrecimento, seja condicionamento físico, seja definição muscular", comenta Siqueira.

O treinador ressalta que, apesar de o treino ser intenso, os alunos sempre são orientados a respeitar suas limitações e só precisam de disposição para executar os exercícios, pois cada um segue no seu ritmo.

"As exigências para encarar o treinamento são vontade, determinação e que, antes de iniciar, quem nunca praticou uma atividade física faça uma breve avaliação para entender até onde o seu corpo pode ir", alerta Siqueira.

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