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Dieta paleolítica aumenta marcador no sangue associado a doenças cardíacas

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Imagem: Istock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

22/07/2019 14h54

De acordo com um novo estudo, pessoas que seguem uma dieta paleolítica (que prioriza carnes e vegetais) têm duas vezes a quantidade de um importante biomarcador sanguíneo ligado às doenças cardíacas, conhecido como TMAO.

A equipe afirmou que a investigação começou pela crescente popularidade da dieta - o grupo julgou importante entender o impacto que isso poderia ter na saúde geral.

Como o estudo foi feito

Pesquisadores da ECU (Edith Cowan University), na Austrália, compararam 44 pessoas que estavam seguindo uma dieta paleo com outras 47 que não estavam e mediram a trimetilamina-n-óxido (TMAO) no sangue de todos.

Impacto na saúde intestinal

"Muitos defensores da dieta paleo afirmam que a dieta é benéfica para a saúde intestinal, mas esta pesquisa sugere que quando se trata da produção de TMAO no intestino, o cardápio pode ter um impacto negativo em termos de saúde do coração", disse Angela Genoni, principal autora do estudo, de acordo com o site Eureka.

A pesquisa afirma, ainda, que a equipe descobriu que as populações de espécies bacterianas benéficas eram mais baixas nos grupos paleolíticos, associadas à redução da ingestão de carboidratos, o que pode ter consequências para outras doenças crônicas a longo prazo.

Cardápio sem grãos pode ser o culpado

Genoni afirma que a razão pela qual o TMAO era tão elevado nas pessoas parecia ser a falta de grãos integrais em sua dieta.

"A dieta paleo exclui todos os grãos e sabemos que os grãos integrais são uma fonte fantástica de amido resistente e muitas outras fibras fermentáveis que são vitais para a saúde do seu microbioma intestinal", afirmou ao Eureka.