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Inspiração pra fazer da atividade física um hábito


Você é atleta de final de semana? Saiba minimizar os perigos disso ao corpo

Praticar exercícios só no final de semana melhora a saúde, mas é importante tomar cuidados para não exigir demais dos músculos e coração - iStock
Praticar exercícios só no final de semana melhora a saúde, mas é importante tomar cuidados para não exigir demais dos músculos e coração Imagem: iStock

Amanda Preto

Colaboração para o UOL VivaBem

07/07/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Devido à falta de regularidade, o corpo de quem faz esporte só aos finais de semana não se adapta ao esforço e acaba sempre sofrendo com o exercício
  • Dores e lesões musculares, tendinite, fadiga extrema, tontura, desmaio e até morte súbita são alguns dos riscos que a pessoa corre
  • Mas treinar só aos finais de semana é melhor para a saúde do que não fazer nada e pode ser seguro com alguns cuidados

Por causa da rotina agitada, muitas pessoas não têm tempo para fazer atividade física durante a semana. Aí, a alternativa é aproveitar o sábado e domingo para compensar a falta de movimento e se exercitar, seja com uma corridinha no parque, seja no futebol com os amigos, seja pedalando pela cidade. São os chamados "atletas de final de semana", que conhecem bem as consequências de se esforçar ao máximo em uma prática esporádica: dores musculares terríveis, sensação de fadiga durante dias e até lesões.

Antes de tudo, saiba que, apesar de não ser o ideal, não é de todo ruim fazer exercício só no final de semana. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association feito com 64 mil pessoas apontou que cumprir a recomendação semanal de 75 minutos de exercício intenso ou 150 minutos de exercício moderado em apenas um ou dois dias reduz o risco de morte e de doenças como infarto, AVC, hipertensão, câncer. No entanto, o organismo não se adapta ao esforço devido à falta de regularidade e acaba sofrendo toda vez que é exigido.

Perigos para os músculos e articulações

As lesões podem ser diversas, dependendo do esporte. No futebol, por exemplo, por envolver movimentos bruscos e contato com outros participantes, pode haver torções de joelho e tornozelo, lesões musculares e até fraturas. Já na corrida ou na bike, o movimento repetitivo feito de forma errada e intensa, sem o devido preparo, é capaz de gerar tendinites, bursites, estiramentos e encurtamentos da musculatura.

Como minimizar riscos A primeira dica é tentar respeitar os limites do seu corpo. Se começar a sentir um cansaço muscular extremo ou dor, interrompa a atividade. O esporte deve ser prazeroso e cansativo na medida, sem trazer grande mal-estar durante ou depois.

Já que você não consegue ir à academia durante a semana, uma tática para deixar músculos e articulações mais bem preparados para o exercício do sábado e do domingo é incluir mais movimentos no dia a dia. Troque o elevador pela escada, faça curtos trajetos sempre a pé etc. Procure também manter uma dieta balanceada para evitar o sobrepeso. Motivo: quanto mais quilos na balança, maior será o impacto nas articulações e o desgaste muscular para você se locomover durante a prática esportiva.

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Para quem é atleta de final de semana, o esporte deve ser prazeroso e cansativo na medida, sem trazer grande mal-estar durante ou depois
Imagem: iStock

Perigos para o coração

Por razões óbvias, é a parte do corpo que mais inspira cuidado. Se você tiver alguma doença que desconhece, a grande sobrecarga cardíaca provocada pela atividade pode até causar uma morte súbita. Levar o coração ao limite ainda pode trazer outros problemas, menores, é verdade, mas que não podem ser ignorados, como tonturas, mal-estar, taquicardia, enjoo, desmaio.

Como minimizar riscos Realize um check-up a cada seis meses ou um ano (conforme orientação do seu médico) para saber se está tudo bem com a saúde do seu coração. Durante o exercício, use a percepção do esforço para dosar a intensidade da atividade: se ficar muito ofegante, dê uma pausa de alguns minutos para se recuperar. Outra forma de controlar o ritmo e a exigência cardíaca é utilizar um frequencímetro, relógio que monitora os batimentos do coração --no check-up, o médico vai orientar qual a faixa de batimentos por minuto segura para sua idade e condicionamento físico.

Fontes: Luciana Janot, cardiologista do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein; Fellipe Savioli, médico ortopedista, especialista em medicina esportiva e pesquisador na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

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