Por que bocejamos quando outra pessoa boceja?
Existe uma complexa rede de neurônios no nosso cérebro que está ligada ao comportamento social, à empatia e à imitação. Ela nos faz sorrir quando alguém dá um sorriso, mas também nos leva a bocejar quando alguém faz esse movimento. Acabamos, portanto, reagindo como se fossemos um espelho: refletindo a ação que está sendo vista.
O bocejo é um comportamento fisiológico que pode ocorrer durante a transição entre a vigília (estar acordado) e o sono ou vice-versa, ou em resposta à fadiga, cansaço, estresse, excesso de trabalho, falta de estimulação, fome ou saciedade. Em geral, está associada à privação do sono, durante a noite, e à sonolência, durante o dia, e geralmente ocorre quando as pessoas estão entediadas.
Há diversas teorias para explicar a fisiologia do bocejo em nosso organismo. Uma das hipóteses mais plausíveis é que diversos neurotransmissores são liberados no cérebro com o objetivo de despertar o indivíduo, aumentando seu estado de alerta. Como se fosse uma forma de proteção para evitar cair no sono quando não se deseja.
Mas, quando o bocejo ocorre constantemente, é preciso ficar atento. Afinal de contas, isso pode ser sinal de cansaço crônico, insônia ou privação do sono, e está ligado a baixas concentrações de oxigênio no sangue e aumento de gás carbônico no centro respiratório, localizado no sistema nervoso central. Para solucionar o problema, a dica é investigar o motivo dos sintomas listados e investir em noites bem dormidas.
Fontes: Claudio Fernandes Corrêa, neurocirurgião pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do centro de dor e neurocirurgia funcional do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Custódio Michailowski, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia do Hospital 9 de Julho, Luana Oliveira, Neurologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo e Sandro Matas, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
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