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Pode curtir o Dia do Beijo pegando geral? Até pode, mas cuidado com doenças

Beijar é bom e ninguém nega, mas é preciso tomar cuidado para não acabar doente  - iStock
Beijar é bom e ninguém nega, mas é preciso tomar cuidado para não acabar doente Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

13/04/2019 13h17

Resumo da notícia

  • Ao beijar muitas pessoas diferentes você aumenta as chances de contrair doenças transmissíveis na troca de saliva ou toque dos lábios
  • Mononucleose, herpes e sapinho passam pelo beijo e ter bom senso ou olhar alguns sinais no corpo do parceiro podem te poupar do contágio

O Dia do Beijo é comemorado neste sábado (13). É claro que queremos que você celebre esse momento beijando muito, mas vamos ser a voz da sua consciência lembrando que é importante tomar alguns cuidados.

Acontece que junto com a empolgação de beijar todo mundo vem um alto risco de contágio oral. Para você não ter medo e se divertir nesta data, explicamos algumas das doenças transmitidas pela troca de saliva e contato de lábios e o que você pode fazer para diminuir as chances de ficar doente no meio da diversão.

Perigos mais comuns:

1 - Mononucleose

Apelidada de doença do beijo, é causada pelo vírus Epstein-Barr, que se aloja na região da amígdala. Geralmente aparece em jovens de 15 a 25 anos, e a boa notícia é que uma vez que você já pegou, não pega mais.

Os principais sintomas podem ser confundidos com os de uma virose qualquer: febre alta, dor de garganta, de cabeça, musculares e ínguas. Também pode aparecer vermelhidão pelo corpo.

A mononucleose não é brincadeira e dura apenas dois ou três dias. Às vezes, você pode sentir os sintomas por até três semanas e ficar "derrubado", precisando descansar.

Além disso, o vírus também se aloja em algumas células do fígado e do baço, um órgão frágil. Se a pessoa melhora um pouco e já quer voltar com a rotina normal, pode romper o baço. Apesar de o rompimento ser raro, é indicado ficar 15 dias de repouso.

São usados remédios que combatem os sintomas. Ou seja, se o paciente está com dor no corpo, tomará um analgésico, e assim por diante.

Como evitar tamanho transtorno? Diminuir a quantidade de pessoas que você beija é a melhor maneira de não pegar o vírus. Não é que pode beijar só um, mas vale a lei do bom senso uma vez que o vírus pode ser transmitido mesmo após um ano do contágio.

2 - Sapinho

A doença com nome simpático trata-se de uma micose. Ela é causada por um fungo chamado Candida albicans e vive na pele e em mucosas, alimentando-se de substâncias encontradas no corpo, sem provocar nenhum tipo de dano.

Porém, quando o nosso sistema imunológico apresenta alguma falha, esses fungos conseguem se reproduzir com mais facilidade, provocando diversas lesões. E o quadro não fica bonito: aparecem vários pontos brancos, escamosos, semelhantes a pedaços de queijo, que cobrem a língua, as gengivas, a parte interna das bochechas e, às vezes, os lábios.

Os remédios indicados são, na maioria, antifúngicos.

Para poupar incômodos, é bom não beijar se você tiver feridas nos lábios, aftas ou sangramento nas gengivas. Motivo: machucados são porta de entrada para essa e outras doenças. E vale dar aquela conferida na língua do companheiro, vai que dá para ver as bolinhas brancas.

3 - Herpes

Pode ser mais fácil fugir da herpes, já que em alguns casos a doença tem sintomas visíveis. A pessoa geralmente apresenta bolhas pequenas e doloridas na região dos lábios. Se notar que a boca do possível parceiro está assim, dê um perdido nele e busque outra pessoa para passar o Dia do Beijo.

Apesar de ficarmos receosos com a herpes, a maioria de nós já entrou em contato com o vírus. Especialistas afirmam que mais de 96% das pessoas têm sorologia positiva para doença. No entanto, não se sabe por qual razão às vezes ele se manifesta em algumas pessoas e não em outras.

Fique esperto porque a transmissão pode ocorrer mesmo quando o portador não possui lesão aparente. Nessas horas só apelando para cara de pau de perguntar se o crush já teve.

E saiba que certas situações geram reações no organismo que permitem a reativação do vírus. Entre elas estão tomar muito sol, a menstruação --devido aos ciclos hormonais-- e o estresse. O tratamento é simples: uma pomada ou um comprimido receitado pelo médico, que faz o diagnóstico clinicamente.

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UOL Entretenimento

*As informações para a reportagem são de Eliane Iokote, infectologista da Beneficiência Portuguesa, Celso Granato, infectologista do Fleury Medicina e Saúde, e Ricardo Cantarim Inacio, infectologista do Hospital Santa Cruz, profissionais consultados para reportagem Vai beijar muito no Carnaval? Veja os riscos para a sua saúde.

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