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É melhor raspar a cabeça com barbeador ou navalha? Que cuidados tomar?

O couro cabeludo é uma região sensível e você deve ter cuidado ao raspar a cabeça para não causar cortes que favorecem infecções - iStock
O couro cabeludo é uma região sensível e você deve ter cuidado ao raspar a cabeça para não causar cortes que favorecem infecções Imagem: iStock

Priscila Gorzoni

Colaboração para UOL VivaBem

05/04/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Cortes no couro cabeludo ao raspar a cabeça podem servir de porta de entrada para uma infeção de pele
  • Para evitar problemas, é importante ter cautela ao raspar a cabeça e usar os produtos certos
  • Um bom momento para remover os fios é após o banho, pois o calor abre os poros e amolece os fios

Os adeptos do "estilo" careca muitas vezes gostam de caprichar no visual e raspar a cabeça para deixá-la bem lisinha. Mas você sabia que isso exige cuidados tanto durante a remoção do cabelo quanto depois? Isso porque o couro cabeludo é uma região muito sensível e qualquer corte, além de doer e sangrar, pode servir como porta de entrada para bactérias e fungos, gerando uma infecção da pele.

"Em alguns casos, o processo inflamatório é tão intenso que pode destruir a raiz do pelo, gerando áreas de alopecia (em que não nasce mais cabelo)", alerta Ana Flávia Nogueira Saliba Scoppetta, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Que aparelho usar?

Geralmente, os barbeiros usam a navalha (aquele aparelho que se dobra e tem uma única lâmina). Bem afiada, ela pode proporcionar um corte muito mais rente e duradouro do que o aparelho de barbear "tradicional", por exemplo --e não há problema algum em um profissional utilizá-las. Porém, para raspar a cabeça em casa, o barbeador pode ser mais vantajoso, pois a navalha exige uma mão firme e habilidosa --e se você não tiver pode se machucar ou irritar a pele.

Se for usar o barbeador, prefira um aparelho que tenha as seguintes características:

  • Duas ou mais lâminas, que proporcionam um corte mais rente e exigem que você o passe menos vezes na cabeça;
  • Fitas lubrificantes, que facilitam deslizamento do barbeador e reduzem o risco de cortes;
  • Cabo estruturado, que permite maior controle;
  • Cabeça móvel, que possibilita fazer o contorno da cabeça de forma adequado.

barbeador, lâmina  - iStock - iStock
A navalha tem um corte mais preciso, porém exige uma mão mais firme e habilidosa do que o aparelho de barbear
Imagem: iStock

O momento e os movimentos ideais

Uma boa hora para raspar a cabeça é após o banho morno, pois o calor abre os poros e amolece os fios, facilitando o procedimento --se não puder tomar banho, coloque uma toalha molhada com água morna por cerca de três minutos na cabeça. Depois, aplique espumas ou cremes específicos para depilação, que hidratam a pele, protegendo-a contra os pequenos traumas da lâmina.

Tenha cautela e faça movimentos suaves durante a raspagem. O recomendando é evitar passar o barbeador várias vezes na mesma região e sempre seguir o sentido do crescimento do cabelo. Motivo: embora o corte no sentido oposto ao crescimento do fio seja mais rente, ele aumenta o risco de traumas, irritações, pelo encravado e foliculite.

Ao terminar o processo, lave o couro cabeludo com água fria, para diminuir a abertura dos poros, e aplique uma loção pós-barba na cabeça. Esses produtos apresentam ação hidratante, calmante e anti-inflamatória, diminuindo possíveis irritações, infecções e acelerando a cicatrização da pele.

Capriche na higienização do aparelho

Depois do uso da navalha ou do barbeador (se ele não for descartável), lave com água corrente e seque bem o instrumento, para eliminar fios, pele morta, gel de barbear ou outros resíduos que possam favorecer o crescimento de bactérias e fungos. Durante a limpeza, não bata a lâmina contra a pia ou passe-a em uma toalha, porque isso diminui sua vida útil.

Fora esse cuidado, as lâminas devem ser trocadas regularmente. Nunca use um aparelho cego, pois ele tende a irritar a pele e provocar cortes.

Fontes: Samar Mohamad El Harati, dermatologista do Hospital São Luiz Unidade Anália Franco; Ana Flávia Nogueira Saliba Scoppetta, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Larissa Viana, dermatologista especializada em laser e cosmiatria pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo); Thiago Bianco, dermatologista especializado em transplantes capilares.

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