Mulheres costumam ser diagnosticadas mais tarde do que homens, diz estudo
Resumo da notícia
- De acordo com um estudo feito na Dinamarca, mulheres são diagnosticadas mais tarde do que homens para diversas doenças
- Os pesquisadores não conseguiram identificar a causa dos diagnósticos tardios, e afirmam que mais estudos são necessários
- A equipe aponta que os hospitais precisam considerar as diferenças biológicas e esquecer os preconceitos para conseguirem melhores diagnósticos
Para várias doenças diferentes, o diagnóstico é dado mais tarde na vida das mulheres do que dos homens, de acordo com um grande estudo feito na Dinamarca e publicado no periódico Nature Communications.
O estudo não foi projetado para explicar as causas das diferenças - os pesquisadores não conseguiram identificar se os diagnósticos posteriores se devem à genética, ao ambiente, a possíveis vieses no sistema de saúde ou a uma combinação de razões.
Outra limitação é que os cientistas apenas analisaram diagnósticos feitos em pacientes hospitalizados.
Como o estudo foi feito
- Os pesquisadores analisaram dados de saúde de 6,9 milhões de dinamarqueses e descobriram que, para centenas de doenças, as mulheres eram diagnosticadas com quatro anos a mais do que a idade média que os homens tinham quando descobriram suas doenças.
- A equipe considerou taxas de incidência de doenças nas 18 categorias amplas do sistema de diagnóstico gerenciado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
- Em média, as mulheres também receberam diagnósticos de câncer dois anos e meio depois dos homens. Para doenças metabólicas, como o diabetes, a notícia chegou até quatro anos e meio depois.
- A osteoporose, no entanto, era uma notável exceção à tendência. As mulheres eram tipicamente diagnosticadas antes de sofrerem uma fratura, o oposto visto em quadros de pacientes homens.
Resultados
Os pesquisadores acreditam que os gêneros devem ser mais levados em consideração nos hospitais -- tanto para as diferenças biológicas quanto os preconceitos de gênero, quando as doenças são consideradas "masculinas" ou "femininas" por conta de sua incidência mais comum.
A equipe também reforçou que mais pesquisas são necessárias para determinar se as diferenças de idade no momento do diagnóstico são reais e se estão ligadas a viés de gênero, diferenças biológicas ou associações aleatórias de erro.
SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.