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Mulheres costumam ser diagnosticadas mais tarde do que homens, diz estudo

vadimguzhva/iStock
Imagem: vadimguzhva/iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

26/03/2019 11h42

Resumo da notícia

  • De acordo com um estudo feito na Dinamarca, mulheres são diagnosticadas mais tarde do que homens para diversas doenças
  • Os pesquisadores não conseguiram identificar a causa dos diagnósticos tardios, e afirmam que mais estudos são necessários
  • A equipe aponta que os hospitais precisam considerar as diferenças biológicas e esquecer os preconceitos para conseguirem melhores diagnósticos

Para várias doenças diferentes, o diagnóstico é dado mais tarde na vida das mulheres do que dos homens, de acordo com um grande estudo feito na Dinamarca e publicado no periódico Nature Communications.

O estudo não foi projetado para explicar as causas das diferenças - os pesquisadores não conseguiram identificar se os diagnósticos posteriores se devem à genética, ao ambiente, a possíveis vieses no sistema de saúde ou a uma combinação de razões.

Outra limitação é que os cientistas apenas analisaram diagnósticos feitos em pacientes hospitalizados.

Como o estudo foi feito

  • Os pesquisadores analisaram dados de saúde de 6,9 milhões de dinamarqueses e descobriram que, para centenas de doenças, as mulheres eram diagnosticadas com quatro anos a mais do que a idade média que os homens tinham quando descobriram suas doenças.
  • A equipe considerou taxas de incidência de doenças nas 18 categorias amplas do sistema de diagnóstico gerenciado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
  • Em média, as mulheres também receberam diagnósticos de câncer dois anos e meio depois dos homens. Para doenças metabólicas, como o diabetes, a notícia chegou até quatro anos e meio depois.
  • A osteoporose, no entanto, era uma notável exceção à tendência. As mulheres eram tipicamente diagnosticadas antes de sofrerem uma fratura, o oposto visto em quadros de pacientes homens.

Resultados

Os pesquisadores acreditam que os gêneros devem ser mais levados em consideração nos hospitais -- tanto para as diferenças biológicas quanto os preconceitos de gênero, quando as doenças são consideradas "masculinas" ou "femininas" por conta de sua incidência mais comum.

A equipe também reforçou que mais pesquisas são necessárias para determinar se as diferenças de idade no momento do diagnóstico são reais e se estão ligadas a viés de gênero, diferenças biológicas ou associações aleatórias de erro.

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