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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Ativação de genes específicos reduz os sintomas da depressão, diz estudo

Estudo analisou o córtex pré-frontal de ratos machos - SeventyFour/IStock
Estudo analisou o córtex pré-frontal de ratos machos Imagem: SeventyFour/IStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

18/02/2019 13h34

Resumo da notícia

  • Cientistas descobriram que quando gene SIRT1 está inativo, ratinhos tinham sintomas de depressão
  • Um medicamento que ativa esse gene foi capaz de reverter os sintomas
  • Entenda melhor quais são os sintomas de depressão

Sintomas clássicos da depressão como isolamento social e perda de interesse podem ser amenizados com a ativação direta de um gene que tem a capacidade de excitar um grupo de neurônios, conforme mostra um estudo publicado no periódico científico Molecular Psychiatry.

Por que prestar atenção nele

A depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo e os estudos sobre suas causas são importantes para disponibilizar tratamentos mais efetivos.

Como o estudo foi feito

  • A equipe de cientistas analisou o córtex pré-frontal de ratos machos, que é a parte do cérebro envolvido em comportamentos complexos como planejamento, personalidade e comportamento social.
  • De acordo com os responsáveis, quando o gene SIRT1 estava inativo, então os sintomas depressivos apareciam.
  • Após a confirmação de mudanças no comportamento por meio de testes de personalidade, os pesquisadores administraram uma droga que ativou a SIRT1 aos animais.
  • O medicamento foi capaz de reverter os sintomas em alguns grupos.
  • No entanto, em outros animais, dependendo da quantidade administrada, a droga causou hiperlocomoção e hipolocomoção graves.

Como usar a pesquisa a seu favor

É importante saber que existem componentes genéticos que afetam a depressão, quais são e como ativá-los e desativá-los, mas até que novas drogas mudem drasticamente o tratamento, a depressão é um transtorno mental multifatorial que inclui predisposição genética, personalidade e estressores ambientais. Confira, a seguir, alguns dos principais sintomas*:

  • No humor: tristeza prolongada; perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas; choro fácil ou apatia; irritação; mau humor;
  • Na autoimagem: sentimentos de culpa, vazio ou inutilidade; solidão; baixa autoestima; sensibilidade à rejeição; desamparo; desesperança;
  • Nas funções cerebrais: dificuldade para executar as tarefas do dia a dia, tomar decisões; problemas de memória e concentração;
  • Nos pensamentos: pessimismo; visão distorcida da realidade; ideias frequentes de morte e/ou de suicídio; pessimismo; pensamentos negativos persistentes (ruminações como "eu não vou conseguir", "eu sou um fracasso", "as pessoas estariam melhor sem mim" etc);
  • No comportamento: falta de energia; fadiga; inquietação; agitação psicomotora; lentidão nos movimentos e/ou na fala; mobilidade reduzida; isolamento; perda de libido; dificuldade de receber ou transmitir afeto; aumento ou perda de apetite; uso de álcool e drogas (para tentar obter alívio);
  • No sono: dificuldade para dormir, acordar muito antes do despertador ou dormir demais;
  • No resto do corpo: aumento ou perda de peso; sensação de peso nos braços ou nas pernas; dores ou problemas digestivos sem causa aparente e/ou que não melhoram com tratamento; baixa imunidade.
* De acordo com os profissionais de saúde consultados em reportagem do dia 10/07/2018

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