Ativação de genes específicos reduz os sintomas da depressão, diz estudo
Resumo da notícia
- Cientistas descobriram que quando gene SIRT1 está inativo, ratinhos tinham sintomas de depressão
- Um medicamento que ativa esse gene foi capaz de reverter os sintomas
- Entenda melhor quais são os sintomas de depressão
Sintomas clássicos da depressão como isolamento social e perda de interesse podem ser amenizados com a ativação direta de um gene que tem a capacidade de excitar um grupo de neurônios, conforme mostra um estudo publicado no periódico científico Molecular Psychiatry.
Por que prestar atenção nele
A depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo e os estudos sobre suas causas são importantes para disponibilizar tratamentos mais efetivos.
Como o estudo foi feito
- A equipe de cientistas analisou o córtex pré-frontal de ratos machos, que é a parte do cérebro envolvido em comportamentos complexos como planejamento, personalidade e comportamento social.
- De acordo com os responsáveis, quando o gene SIRT1 estava inativo, então os sintomas depressivos apareciam.
- Após a confirmação de mudanças no comportamento por meio de testes de personalidade, os pesquisadores administraram uma droga que ativou a SIRT1 aos animais.
- O medicamento foi capaz de reverter os sintomas em alguns grupos.
- No entanto, em outros animais, dependendo da quantidade administrada, a droga causou hiperlocomoção e hipolocomoção graves.
Como usar a pesquisa a seu favor
É importante saber que existem componentes genéticos que afetam a depressão, quais são e como ativá-los e desativá-los, mas até que novas drogas mudem drasticamente o tratamento, a depressão é um transtorno mental multifatorial que inclui predisposição genética, personalidade e estressores ambientais. Confira, a seguir, alguns dos principais sintomas*:
- No humor: tristeza prolongada; perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram apreciadas; choro fácil ou apatia; irritação; mau humor;
- Na autoimagem: sentimentos de culpa, vazio ou inutilidade; solidão; baixa autoestima; sensibilidade à rejeição; desamparo; desesperança;
- Nas funções cerebrais: dificuldade para executar as tarefas do dia a dia, tomar decisões; problemas de memória e concentração;
- Nos pensamentos: pessimismo; visão distorcida da realidade; ideias frequentes de morte e/ou de suicídio; pessimismo; pensamentos negativos persistentes (ruminações como "eu não vou conseguir", "eu sou um fracasso", "as pessoas estariam melhor sem mim" etc);
- No comportamento: falta de energia; fadiga; inquietação; agitação psicomotora; lentidão nos movimentos e/ou na fala; mobilidade reduzida; isolamento; perda de libido; dificuldade de receber ou transmitir afeto; aumento ou perda de apetite; uso de álcool e drogas (para tentar obter alívio);
- No sono: dificuldade para dormir, acordar muito antes do despertador ou dormir demais;
- No resto do corpo: aumento ou perda de peso; sensação de peso nos braços ou nas pernas; dores ou problemas digestivos sem causa aparente e/ou que não melhoram com tratamento; baixa imunidade.
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