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Bieber pode estar com depressão; saiba como ajudar quem passa pelo quadro

Cantor já havia sido diagnosticado no passado - Reprodução/Instagram @justinbieber
Cantor já havia sido diagnosticado no passado Imagem: Reprodução/Instagram @justinbieber

Giulia Granchi

Do UOL VivaBem, em São Paulo

13/02/2019 17h56

De acordo com informações da revista norte-americana People, o cantor Justin Bieber pode estar passando por um novo quadro depressivo.

Em matéria publicada ontem (12), o periódico afirma ter recebido as informações de fontes próximas ao famoso. "Justin parece triste e cansado. Ele tem lutado um pouco", disse a informante, garantindo que o recente casamento não guardaria relação com o quadro.

"Não tem nada a ver com Hailey —ele está muito feliz por estar casado com ela. É apenas outra situação com a qual ele luta mentalmente. Ele tem uma boa equipe para ajudá-lo e já está recebendo tratamento — parece confiante de que vai se sentir melhor em breve", resumiu a fonte.

A informação atual não foi confirmada pelo próprio cantor, mas ele já foi diagnosticado com depressão em 2017.

Como ajudar quem sofre de depressão

Além do tratamento com um profissional da área da psiquiatria, há como ajudar uma pessoa que apresenta sinais de depressão, como desânimo, raciocínio comprometido, expressões de tristeza, isolamento, pouco cuidado com aparência e higiene pessoal e perda de interesse. Confira maneiras citadas pelos psiquiatras Táki Cordás, mestre em psiquiatra pela USP (Universidade de São Paulo) e Carmita Abdo, psiquiatra e presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria)*:

1. Exercite a empatia

Mesmo que você nunca tenha passado por um momento como o da pessoa em questão, ainda é possível colocar-se no lugar dela. De acordo com os especialistas, é recomendável que você demonstre que compreensão da dor emocional mesmo sem poder afirmar que "entende pelo que ela está passando".

2. Converse com a família e pessoas próximas

Se alguém apresenta os sintomas da doença, mas se isola e recusa ajuda, o ideal é buscar seus entes queridos, alguém com relevância para o paciente, para que a situação possa ser investigada. A ideia também vale para aqueles que se negam a começar terapia: vale recorrer a outros parentes, amigos ou parceiros românticos para tentar levar a pessoa ao melhor tratamento possível.

3. Fale sobre o problema

A depressão deve ser um tema falado sem tabus. Ao ver que você está aberto e não tem preconceitos, aqueles que sofrem do transtorno podem ver em você alguém com quem eles podem conversar confortavelmente sobre o que estão passando.

4. Fuja das respostas óbvias

Por mais bem-intencionadas que que frases como "fica bem" e "vai passar" possam ser, proferi-las a alguém durante um quadro depressivo não ajuda no transtorno, além de poder causar uma irritabilidade e até fazer com que o paciente se sinta ainda mais incompreendido. Em vez disso, além de recomendar ajuda profissional, busque ser o que a pessoa precisa, seja isso um bom ouvinte, companhia no dia a dia ou até um "oferecedor" de abraços.

Recorrência

Uma das suposições mencionadas é de que os episódios se deve à forte pressão que Bieber sofreu como celebridade na adolescência (entenda como a fama pode afetar a saúde mental de jovens). E assim como é o caso de Justin, que já havia sido diagnosticado no passado, a recorrência é comum.

Conforme mostra um estudo publicado pelo Brazilian Journal of Psychiatry, pacientes com um episódio prévio de depressão apresentam um risco 10 vezes maior de recorrência de depressão em relação àqueles que nunca apresentaram um quadro.

De acordo com o psiquiatra Luiz Sperry, e blogueiro do UOL, nesses casos, o tratamento é basicamente o mesmo, mas deve ser prolongado. "No segundo episódio, é recomendado que o acompanhamento permaneça por ao menos dois anos, e após o terceiro, a prescrição de antidepressivos para uso contínuo já é comum", informa.

*Fontes consultadas em reportagem do dia 14/11/2018

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