Reduzir pressão arterial diminui risco de condição que precede a demência
Um estudo publicado na segunda-feira (28) no periódico JAMA sugere que a redução da pressão arterial a níveis abaixo do padrão usual pode diminuir o risco de comprometimento cognitivo leve, uma condição que muitas vezes precede a demência.
Os cientistas da Wake Forest School of Medicine, nos Estados Unidos, analisaram, entre 2010 e 2013, os dados de 9.361 indivíduos com idade média de 68 anos e cuja pressão arterial sistólica era de pelo menos 130 mm Hg. Todos eles tinham pelo menos mais um fator de risco para doença cardiovascular.
O estudo distribuiu aleatoriamente 4.678 participantes para o grupo de controle intensivo da pressão arterial e 4.683 para o grupo de tratamento padrão.
O objetivo do controle intensivo era trazer a pressão arterial sistólica abaixo de 120 mm Hg, enquanto que o tratamento padrão era abaixá-la para menos de 140 mmHg. A pressão arterial sistólica é a pressão nas artérias quando o coração se contrai.
Após 5 anos de testes e avaliações, os pesquisadores classificaram os indivíduos como tendo "provável demência", com ou sem comprometimento cognitivo leve.
Os resultados revelaram que pouquíssimas pessoas do grupo que recebeu o controle da pressão arterial intensivo desenvolveu comprometimento cognitivo leve, em comparação com aqueles que fizeram o tratamento padrão. As taxas foram 14,6 e 18,3 casos para cada 1.000 pessoas-ano, para controle intensivo e tratamento padrão, respectivamente.
"Descobrimos que apenas 3 anos de redução da pressão arterial não só ajudou dramaticamente o coração mas também ajudou o cérebro", diz o principal autor do estudo Jeff D. Williamson, que é professor de gerontologia e medicina geriátrica.
O estudo não mostrou o mesmo resultado para demência: o controle intensivo da pressão arterial não reduziu a incidência de demência, em comparação com o controle padrão. Williamson comenta que, embora houvesse uma "redução de 15% na demência no grupo de controle intensivo, ficamos desapontados que os resultados não alcançaram significância estatística para esse resultado".
Os autores sugerem que números baixos de participantes e o término do estudo antes do planejado podem ter algum papel nesse resultado.
O comprometimento cognitivo leve é uma condição na qual os indivíduos afetados e as pessoas ao seu redor percebem alguma perda de capacidade mental. Isso pode incluir, por exemplo, esquecer compromissos importantes, perder o fio de uma conversa e ter dificuldades para raciocinar e tomar decisões.
No entanto, as mudanças que ocorrem com o comprometimento cognitivo leve não são tão severas que impeçam a pessoa de cuidar de si e continuar com sua vida cotidiana, como o que ocorre com a doença de Alzheimer (um tipo de demência), por exemplo.
Ser de idade mais avançada, ter um histórico familiar de demência e ter condições que aumentam o risco de desenvolver doença cardiovascular são os fatores de risco mais fortes para o comprometimento cognitivo leve.
Como a condição não tem tratamento por meio de medicamentos, os pesquisadores acreditam que o controle da pressão arterial pode ser, futuramente, uma espécie de prevenção.
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