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Histórias de quem mudou hábitos em busca de mais saúde


"Fiquei com medo de não chegar aos 50 anos se não emagrecesse"

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Juliana Vaz

Colaboração para o UOL VivaBem

20/12/2018 04h00

A publicitária Anna Camões, de 32 anos, perdeu o controle do peso quando entrou na faculdade e foi morar sozinha. Sem saber cozinhar, passou a comer muita besteira e chegou a 107 kg. Com histórico de hipertensão e diabetes na família, não viu alternativa a não ser se cuidar. Conheça a história dela e como eliminou 45 kg em um ano

"Nasci em São Paulo, mas me mudei com minha família para Taubaté, no interior do estado, quando ainda era criança. Na adolescência tinha um corpo normal e nenhum problema com a balança. Comecei a engordar quando me mudei de volta para a capital para cursar faculdade. Morava sozinha e, como não sabia cozinhar, acabava comendo o que fosse mais prático e rápido. Lanches, salgados, chocolate, bisnaguinhas... Tudo isso fazia parte da minha alimentação diária.

Anna antes de mudar de vida - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Anna antes de mudar de vida
Imagem: Arquivo Pessoal
Fui engordando aos poucos, sem perceber. Só notava que meu corpo estava mudando quando procurava uma roupa legal e nada me servia. Mesmo assim, não tomava uma atitude. Depois de um ano em São Paulo, meus pais vieram morar comigo. Minha mãe preparava comidas saudáveis em casa, mas eu não queria saber de legume e verdura. Exercício, então, eu nunca fazia. Nesse ritmo de sedentarismo e alimentação errada, cheguei a 107 kg (para meus 1,69 m de altura).

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Foi só em 2015, com 29 anos, que comecei a refletir sobre o rumo que minha vida estava tomando. Tenho parentes com hipertensão dos dois lados da família e meu pai tem diabetes.

Me dei conta de que se eu continuasse acima do peso, acabaria desenvolvendo as mesmas doenças e talvez não chegasse aos 50 anos

Meu primeiro passo foi procurar um médico, pois não queria fazer nada radical, muito menos cirurgia. Fazer bariátrica nunca passou pela minha cabeça. Me lembrei de uma amiga que se tratava com uma ginecologista que era também endocrinologista. Peguei o contato e marquei uma consulta. Iniciei a reeducação alimentar bem próximo das festas de fim de ano. O começo foi um sacrifício, não tem jeito. Eu, que não comia absolutamente nada de salada --só faltava eu sair correndo ao ver cenoura, tomate e folhas --, me obriguei a mudar o paladar. Precisei insistir, mas aos poucos as mudanças foram virando hábitos.

Anna iniciou a reeducação alimentar bem próximo das festas de fim de ano - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Anna iniciou a reeducação alimentar bem próximo das festas de fim de ano
Imagem: Arquivo Pessoal
Passar Natal e Ano Novo em reeducação alimentar não foi fácil. A médica me liberou para comer algumas guloseimas, mas sem exageros. Compensei o cardápio festivo cortando qualquer tipo de bebida alcoólica. Em janeiro peguei firme na dieta. Até março do mesmo ano enxuguei 15 kg. Fiz um programa que alternava ciclos para acelerar o metabolismo e o período mais sofrido foi um que durou 28 dias em um cardápio muito restrito: praticamente só comia frango, ovo, salada, maçã e pera. Só topei porque tive a orientação da médica e valeu a pena, pois perdi mais de 10 kg nessa fase. Paralelamente à dieta, procurei uma atividade física. Escolhi spinning por causa das aulas dinâmicas e animadas.

Quando percebi o bem-estar que sentia depois de cada aula, mudei a visão de que malhar era um tédio

Anna depois - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
Depois, me matriculei na musculação para fortalecer e firmar o corpo. Hoje não vivo sem treinar! Minha nova meta é participar de provas de corrida, o que tem me garantido mais estímulo ainda para o exercício. O processo de emagrecimento é longo e é preciso ter paciência. Dietas radicais e cirurgias não resolvem nada sozinhas e podem ser um risco para saúde. Em março de 2017, um ano depois de começar uma mudança completa no meu estilo de vida, consegui meu objetivo de chegar a 62 kg.

Hoje eu não faço mais dieta porque aprendi que permanecer magra e saudável é uma questão de manter o equilíbrio. Quando descobri que dá para criar comidas gostosas com ingredientes saudáveis, a vida de todo mundo aqui em casa mudou. Minha mãe virou fã dos doces sem açúcar e lactose que preparo!"

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