Cura da obesidade? Cientistas criam dispositivo implantável que reduz fome
Já imaginou conseguir controlar sua fome? Alguns cientistas acreditam que talvez esse seja o melhor método para combater a obesidade e conseguiram desenvolver um dispositivo que realmente reduz a vontade de comer (pelo menos em ratos).
Publicado no periódico Nature Communications na segunda-feira (17), o estudo mostra a eficácia do aparelho com menos de 1 centímetro de diâmetro. Os cientistas explicam que ele é feito de um nanogerador flexível que envia pequenos pulsos de eletricidade através do nevo vago, passando mensagens entre o estômago e o cérebro. Essa estimulação leve convence o cérebro de que o estômago está cheio e reduz a sensação de fome.
O dispositivo pode ser implantado por meio de uma técnica minimamente invasiva e ainda não precisa de uma bateria ou carregamento. Em vez disso, obtém seu poder do movimento proveniente do peristaltismo. Como o movimento do estômago funciona como o carregador do aparelho, ele só funciona quando a chegada da comida faz com que o estômago se mova.
"Os pulsos se correlacionam com os movimentos do estômago, aumentando a resposta natural para ajudar a controlar a ingestão de alimentos", explica o autor do estudo Xudong Wang, professor de ciência e engenharia de materiais da Universidade de Wisconsin-Madison , nos Estados Unidos.
Os pesquisadores demonstraram com sucesso o funcionamento do aparelho em ratos. Em 100 dias, os animais com o dispositivo tiveram uma média de peso controlado de 350g, 38% menos do que os que não usaram o implante.
A ideia não é uma novidade, mas quando os cientistas compararam com outros dispositivos de perda de peso, ele teve vários benefícios. A cirurgia bariátrica, por exemplo, reduz permanentemente a capacidade do estômago, ao passo que o novo implante é totalmente reversível e o procedimento é muito menos invasivo.
Além disso, seu concorrente, chamado Maestro, exige manutenção contínua e até três horas de carregamento por semana. O Maestro ainda usa choquinhos de alta frequência para desligar completamente o nervo vago, ao invés da pulsação intermitente da nova tecnologia. Como o implante mais novo só funciona quando necessário, é menos provável que o corpo faça uma compensação excessiva, o que, no caso do Maestro, pode reduzir lentamente a eficácia com o passar do tempo.
As notícias são boas. Agora, os pesquisadores planejam testar o equipamento em animais maiores.
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