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Tratamento alternativo para diabetes busca substituir injeção de insulina

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Imagem: iStock

Agência Universitária de Notícias da USP

09/12/2018 16h26

O tratamento mais comum para diabetes tipo 1 é a injeção de insulina. Não por isso é o melhor procedimento - os custos para financiar uma bomba de insulina são altos, e alguns pacientes não respondem às injeções. Na USP, a pesquisadora Camila Leal investigou em seu doutorado terapias alternativas para tratar de diabetes.

A tese, defendida no Instituto de Química (IQ), estuda o transplante de ilhotas pancreáticas, que produzem insulina, como uma opção para estes pacientes.

A diabetes é caracterizada pela dificuldade na degradação das moléculas de glicose (açúcar). O portador não consegue quebrar essas moléculas corretamente porque em seu organismo a quantidade de insulina, hormônio que promove a entrada de glicose nas células, é muito pequena.

Esse hormônio é produzido pelas chamadas células beta das ilhotas pancreáticas. Estas sofrem um processo autoimune que as destroem, o que diminui a produção de insulina. Assim, a taxa de glicose circulante no sangue, chamada de glicemia, fica muito alta, e pode levar a danos em órgãos como os rins e causar cegueira. Por essa razão, a injeção diária de insulina é necessária para controlar a glicemia.

Apesar de atingir 8,9% da população brasileira, o tratamento de diabetes ainda é restrito, pois os custos para financiar uma bomba de insulina, por exemplo, são altos. Além disso, muitas pessoas não respondem a esse procedimento, sendo necessário buscar terapias alternativas.

Dessa forma, Camila Leal iniciou seus estudos na área em 2012, e veio a concluí-los em julho de 2018. Seu doutorado em bioquímica buscou apresentar o transplante de ilhotas pancreáticas, que produzem insulina e outros hormônios do pâncreas, como um método melhor para os pacientes que não respondem à injeção de insulina exógena.

Camila conta que no Brasil é liberado o transplante de pâncreas, mas que o processo é muito invasivo e gera diversos efeitos colaterais. "As ilhotas pancreáticas correspondem a apenas 2% da massa do pâncreas, então é um transplante muito menor, com muito menos risco."

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