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Teste simples pode prever recuperação e chances de sequelas após AVC

kali9/IStock
Imagem: kali9/IStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

18/10/2018 15h03

Um teste simples pode ajudar a prever como as pessoas que tiveram um AVC terão se recuperado até três anos mais tarde, de acordo com um estudo publicado na revista científica Neurology.

"Descobrimos que este teste, que leva menos de 10 minutos, pode ajudar a prever se as pessoas terão sequelas em habilidades como capacidade de pensamento, dificuldade em realizar tarefas diárias, como tomar banho e se vestir e até mesmo se elas terão maior probabilidade de morrer", afirma Martin Dichgans, principal autor do estudo.

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Para o estudo, 274 pessoas na Alemanha e na França que tiveram um acidente vascular cerebral foram submetidas ao teste, chamado Montreal Cognitive Assessment, uma semana após sofrerem o AVC.

Os participantes foram então divididos em dois grupos: aqueles sem sequelas de pensamento e memória e aqueles com comprometimento cognitivo. Eles foram testados por suas habilidades de raciocínio e memória, funcionamento motor e capacidade de completar tarefas diárias seis meses depois e três anos após o AVC.

O estudo descobriu que aqueles que tiveram problemas de pensamento dentro de uma semana do acidente vascular cerebral foram sete vezes mais propensos a morrer durante os três anos de acompanhado do que aqueles que não apresentaram sequelas.

Os que apresentaram alterações negativas no primeiro teste também foram cinco vezes mais propensos a ter problemas com suas habilidades motoras do que aqueles que não tiveram problemas de pensamento desde o início.

Dichgans observou que o teste ajudou a prever os resultados, mesmo quando outros fatores, como a gravidade do acidente vascular cerebral foram levados em conta.

"Esse teste deve ser usado para aconselhar pessoas que tiveram um AVC e suas famílias sobre o prognóstico a longo prazo e também identificar aqueles que mais se beneficiariam de intervenções que poderiam melhorar sua qualidade de vida”, afirma Dichgans.

Uma limitação do estudo foi que a maioria das pessoas envolvidas teve derrames relativamente leves, portanto, e por isso, mais pesquisas são necessárias para determinar se os resultados se aplicam a pessoas com derrames mais graves.

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