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Histórias de quem mudou hábitos em busca de mais saúde


"Vivia à base de remédios e perdi 80 kg para ver minha filha crescer"

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Thamires Andrade

Colaboração para o UOL VivaBem

11/10/2018 04h00

Wellington Silva já sofria com a balança e, após uma desilusão amorosa, entrou em depressão e chegou a 182 kg. Ele tinha diabetes e pressão alta por causa da obesidade e conseguiu vencer esses problemas ao emagrecer. Veja como:

"Na infância, eu era bem magro e minha família me entupiu de remédio para que eu comesse mais. Depois que completei 17 anos, parei de jogar bola, passei a consumir mais fast-food e refrigerante e engordei. 

Cheguei ao meu ápice com 24 anos, quando uma desilusão amorosa me levou ao fundo do poço. Entrei em depressão, ganhei 30 kg e a balança marcou 182 kg. Na época, o que me mantinha vivo eram remédios para diabetes e pressão alta, além de antidepressivos. Não tinha coragem de comprar uma roupa, precisava pedir para a minha mãe. 

O tempo passou, encontrei uma nova parceira e tivemos uma menina linda. Quando ela nasceu, acabei descontando o nervosismo na comida: comi tanto que não conseguia dormir direito com dor de estômago. Passei a noite toda pensando que precisava estar bem de saúde para ver minha filha crescer.

Ia pelo menos duas vezes por semana ao hospital por conta da pressão alta e sabia que desse jeito não viveria muito tempo

    Wellington antes e depois 2 - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
    Imagem: Arquivo pessoal
    Procurei um médico que me desacreditou. Disse que eu só emagreceria com uma redução de estômago, só que eu não queria. Então, comecei sozinho uma dieta regrada. Em seis meses, emagreci 39 kg.

    Depois disso, busquei ajuda profissional, o que fez toda diferença. Passei a me consultar com um endocrinologista, uma nutricionista e um psicólogo e todos acreditaram muito em mim nesse processo.

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    O apoio psicológico foi muito importante porque tinha o costume de descontar a frustração na comida. A terapia me ajudou a mudar minha mente e me fez entender que eu preciso comer o que meu corpo precisa para nutri-lo

    A nutricionista me auxiliou a introduzir no cardápio alimentos que não consumia antes, como legumes e verduras. Além disso, cortei refrigerante, hambúrguer e fast-foods da dieta.

    Não foi fácil aprender a comer vegetais. Tive que insistir até gostar. Mas hoje em dia esses alimentos me dão prazer

    Wellington camisa - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
    Imagem: Arquivo pessoal
    Passei um ano e oito meses sem ter uma refeição livre e emagreci 80 kg em dois anos. Agora que já cheguei no meu peso me permito comer algumas 'besteiras' que gosto de vez em quando.

    Para emagrecer, além de todo o cuidado que tive com a alimentação, fiz atividades físicas. Entrei na musculação seis meses após iniciar a dieta. Nunca tinha malhado e não sabia nem mexer nas máquinas. Uma personal trainer conheceu minha história e resolveu me dar aula de graça. Esse apoio me incentivou muito pois, como eu tinha horário marcado, não podia faltar no treino.

    Quando combinei exercício e dieta os resultados apareceram mais rapidamente. Cheguei a perder 10 kg quilos em um mês

    Wellington academia - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
    Imagem: Arquivo pessoal
    No começo, sentia muitas dores por conta do sobrepeso. Meu pé era tão gordo que o tênis ficava apertado. Mas com o passar do tempo as melhoras apareceram e aprendi a gostar da academia, hoje em dia não vivo sem exercícios

    Emagrecer foi a melhor coisa que já me aconteceu. O diabetes sumiu. Não tenho mais pressão alta e nem depressão. Consegui parar de usar todos os remédios.

    Por ter emagrecido muito, fiquei com excesso de pele em algumas regiões, como barriga, costas, peito, braços e pernas. Fiz cirurgia reparadora no abdômen e tirei 3 kg de pele, mas as que restam ainda me incomodam. Tenho planos de tirar todas no futuro, mas me faltam recursos. Enquanto isso tento seguir o conselho da minha psicóloga de aprender a amar meu corpo do jeito que ele é."

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