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Combinar medicamentos pode eliminar bactérias resistentes a antibióticos

gevende/Istock
Imagem: gevende/Istock

Do VivaBem, em São Paulo

03/09/2018 12h09

Muitos cientistas acreditavam que a combinação de dois ou mais medicamentos para combater bactérias nocivas traria resultados piores do que usar uma única droga.

No passado, a teoria predominante era a de que os benefícios da combinação seriam muito pequenos para realmente fazer a diferença, ou que as reações entre as drogas poderiam anular seus benefícios.

Agora, uma equipe de biólogos da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) descobriu milhares de combinações de antibióticos usando quatro e cinco drogas que são mais eficazes em matar bactérias nocivas do que as visões predominantes sugeridas.

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Suas descobertas, relatadas no periódico Systems Biology and Applications, podem ser um passo importante para proteger a saúde pública em um momento em que bactérias de infecções comuns estão se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos.

Trabalhando com oito antibióticos, a equipe analisou como todas as combinações possíveis incluindo quatro e cinco drogas, testando diversas dosagens variadas --um total de 18.278 combinações no total -- para ver como funcionavam contra a E. coli (bactéria que se encontra normalmente no trato gastrointestinal inferior dos organismos de sangue quente).

Os pesquisadores esperavam que algumas das combinações fossem muito eficazes para matar as bactérias, mas ficaram surpresos com a quantidade de combinações potentes que descobriram.

Para cada combinação que eles testaram, os pesquisadores previram o quão eficazes eles pensavam que as drogas seriam para parar o crescimento de E. coli. Entre as combinações de quatro drogas, havia 1.676 agrupamentos que tiveram um desempenho melhor do que o esperado. Entre as cinco combinações de medicamentos, 6.443 agrupamentos foram mais eficazes do que o esperado.

Por outro lado, 2.331 combinações de quatro drogas e 5.199 combinações de cinco drogas foram menos eficazes do que os pesquisadores esperavam que fossem, disse Elif Tekin, principal autor do estudo.

Os cientistas acrescentaram que, embora os resultados sejam muito promissores, as combinações de medicamentos foram testadas apenas em laboratório e, provavelmente demorarão anos para serem avaliadas como possíveis tratamentos para pessoas.

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