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Uma por todas: cientistas estão próximos de vacina universal contra gripe

O próximo passo é testar em primatas não humanos e depois em humanos - iStock
O próximo passo é testar em primatas não humanos e depois em humanos Imagem: iStock

Do VivaBem

22/08/2018 12h45

Uma vacina que protege as pessoas contra a maioria das cepas de gripe está um passo mais próxima da realidade, de acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

A vacina candidata, divulgada no periódico Nature Communications, protegeu camundongos de vários tipos de gripe ao provocar uma forte resposta de anticorpos.

Essa nova imunização tem o potencial de ser desenvolvida em uma vacina contra a gripe universal, que poderia ser dada algumas vezes ao longo da vida para fornecer proteção potencialmente semelhante à vacina contra o tétano.

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"Esta vacina foi capaz de fazer algo que a maioria das vacinas candidatas contra a gripe não foi capaz de fazer", diz o coautor do estudo Drew Weissman. "Com ela nós obtivemos respostas de proteção contra uma região conservada que oferece ampla proteção."

"Se funcionar em humanos pelo menos a metade do que funcionou em camundongos, então o céu é o limite --pode ser algo que todo mundo use no futuro para se proteger da gripe", afirma o coautor sênior Scott Hensley, professor associado de microbiologia.

Além de sofrerem mutação rapidamente, as cepas de gripe que são prevalentes em uma temporada são frequentemente substituídas por outras com diferentes estruturas na próxima estação de gripe. Como resultado, as vacinas contra a doença sazonal fornecem proteção incompleta e temporária. É por isso que elas precisam ser atualizadas a cada ano.

A nova vacina não usa proteínas da gripe comumente usadas. Em vez disso, ela usa moléculas de mRNA que codificam as proteínas para induzir uma resposta de anticorpos. Quando injetados em um receptor, esses RNAs são absorvidos pelas células do sistema imunológico e traduzidos em cópias da proteína. Isso mimetiza melhor uma infecção real da gripe e provoca uma resposta muito poderosa de anticorpos protetores.

"Quando começamos a testar esta vacina, ficamos impressionados com a magnitude da resposta dos anticorpos", conta Hensley.

A equipe observou que após a imunização, essas fortes respostas de anticorpos à vacina persistiram durante as trinta semanas do experimento. No final deste período, as respostas foram ainda mais fortes do que quatro semanas após a imunização. Além dos camundongos, os pesquisadores repetiram com sucesso esses experimentos em furões e coelhos.

"O próximo passo é testar em primatas não humanos e depois em humanos", diz Hensley.

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