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Médicos com histórico pessoal de câncer pedem mais exames preventivos

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

19/08/2018 12h07

Mesmo em casos em que as diretrizes médicas não indicam esse tipo de rastreamento

Dizem que o julgamento sobre as chances de ser atacado por um tubarão ou de ganhar na loteria é influenciado pelo viés inconsciente, ou seja, nosso cérebro acredita que algo é provável por quão fácil é para ele recordar eventos em que isso aconteceu.

Ou seja, alguém que conheça muitas pessoas que ganharam na loteria ou foram atacadas por tubarões julgará mais fácil esses eventos acontecerem do que outro que nunca viu nenhum desses casos.

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Um novo estudo, publicado no Journal of Women’s Health, levantou a hipótese de que isso também pode ser verdade quando falamos do escaneamento de cânceres, mais especificamente nos casos de câncer de ovário.

De acordo com as diretrizes norte-americanas, o rastreamento em pacientes de baixo e médio risco não é recomendado. Isso porque o ato pode trazer mais problemas do que benefícios, já que acarreta em mais preocupações e custos, e dificilmente chega a resultados positivos.

No entanto o estudo mostrou que 14% dos médicos que não tiveram casos de câncer não ligados à sua vida profissional --ou seja, que não fossem de pacientes -- ofereciam às pacientes fora do grupo de risco os exames preventivos para câncer de ovário. Já os especialistas que vivenciaram o câncer em sua vida pessoal são mais propensos a pedir esses exames: 31,8% costumam pedi-los a pacientes com risco médio.

Quando os médicos já haviam sido diagnosticados com câncer ou vivenciaram um caso em suas famílias ou de um amigo próximo, a chance de pedir esses exames mesmo à pacientes de risco médio eram ainda mais altas.

Por isso, as pesquisadoras acreditam que isso tem relação como tal do viés inconsciente, mas mais estudos precisam ser feitos, já que neste foram usados apenas os dados de um questionário enviado a médicos de família, médicos internistas e ginecologistas-obstetras, usando as respostas apenas sobre aqueles que receberam mulheres com risco médio de ter câncer de ovário.

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