Médicos com histórico pessoal de câncer pedem mais exames preventivos
Mesmo em casos em que as diretrizes médicas não indicam esse tipo de rastreamento
Dizem que o julgamento sobre as chances de ser atacado por um tubarão ou de ganhar na loteria é influenciado pelo viés inconsciente, ou seja, nosso cérebro acredita que algo é provável por quão fácil é para ele recordar eventos em que isso aconteceu.
Ou seja, alguém que conheça muitas pessoas que ganharam na loteria ou foram atacadas por tubarões julgará mais fácil esses eventos acontecerem do que outro que nunca viu nenhum desses casos.
Veja também:
- Marcador no sangue poderia revelar câncer um ano antes da doença
- Estudo associa 13 tipos de câncer a excesso de peso
- O câncer no ovário não começa no ovário, e sim nas trompas
Um novo estudo, publicado no Journal of Women’s Health, levantou a hipótese de que isso também pode ser verdade quando falamos do escaneamento de cânceres, mais especificamente nos casos de câncer de ovário.
De acordo com as diretrizes norte-americanas, o rastreamento em pacientes de baixo e médio risco não é recomendado. Isso porque o ato pode trazer mais problemas do que benefícios, já que acarreta em mais preocupações e custos, e dificilmente chega a resultados positivos.
No entanto o estudo mostrou que 14% dos médicos que não tiveram casos de câncer não ligados à sua vida profissional --ou seja, que não fossem de pacientes -- ofereciam às pacientes fora do grupo de risco os exames preventivos para câncer de ovário. Já os especialistas que vivenciaram o câncer em sua vida pessoal são mais propensos a pedir esses exames: 31,8% costumam pedi-los a pacientes com risco médio.
Quando os médicos já haviam sido diagnosticados com câncer ou vivenciaram um caso em suas famílias ou de um amigo próximo, a chance de pedir esses exames mesmo à pacientes de risco médio eram ainda mais altas.
Por isso, as pesquisadoras acreditam que isso tem relação como tal do viés inconsciente, mas mais estudos precisam ser feitos, já que neste foram usados apenas os dados de um questionário enviado a médicos de família, médicos internistas e ginecologistas-obstetras, usando as respostas apenas sobre aqueles que receberam mulheres com risco médio de ter câncer de ovário.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.