Algumas pessoas podem ser imunes ao Alzheimer, e ciência descobre a razão
Existem pessoas que apresentam os marcadores cerebrais para a doença, mas não a desenvolvem
Alzheimer é uma doença hoje considerada muito comum --a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) estima que hoje 1,2 milhão de brasileiros tenham o quadro --, no entanto, falta entender muitos fatores sobre a evolução da doença.
E um estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, por exemplo, investigou por que algumas pessoas com marcadores cerebrais para o quadro não desenvolvem a doença.
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Antes de explicar o estudo, é importante explicar que não se sabe a causa da doença, mas o modo de ação dela vem normalmente duas proteínas, a beta-amilóide, que se depositam no cérebro em algumas áreas específicas, vão formando placas e causando danos na comunicação dos neurônios, atrapalhando suas sinapses, ou seja, a troca de impulsos elétricos que leva as informações entre um neurônio e outro.
No entanto, nem todas as pessoas que apresentam essa formação de placas realmente desenvolvem o Alzheimer. E para entender o motivo, os pesquisadores da Universidade do Texas analisaram os tecidos cerebrais de três grupos de pessoas --o primeiro com indivíduos com Alzheimer; o segundo sem o quadro, mas com marcadores; e o terceiro sem marcadores ou sintomas da doença.
O que os cientistas perceberam é que o grupo 2, das pessoas “imunes” ao quadro, possui 15 outras proteínas distintas, que impedem com que as placas de proteínas beta-amilóides e tau atrapalhem as sinapses dos neurônios. Eles chamam isso de uma “assinatura proteica única”.
No entanto, os pesquisadores ainda não entendem qual é o mecanismo de ação dessas proteínas descobertas e mais estudos devem ser feitos para o desenvolvimento de possíveis novos tratamentos para esta doença.
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