Relação entre alergias e apendicite pode ajudar no diagnóstico da doença
A apendicite é uma doença sem causas ou forma de prevenção realmente conhecidas. Mas, pelo menos, uma recente descoberta feita por cientistas da Universidade Lund (Suécia) pode ajudar no desenvolvimento de novas formas de diagnosticar a inflamação do órgão ligado ao intestino, que é uma das principais responsáveis por cirurgias emergenciais no abdômen em todo mundo.
No estudo publicado no periódico JAMA Pediatrics, os pesquisadores identificaram que apenas 19,6% das crianças que sofrem de alergia a agentes comuns, como pólen e pelo de animais, foram internadas com apendicite grave. Já entre os não alérgicos, essa taxa foi de 46,9%.
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Segundo os cientistas, aproximadamente 33% das pessoas com uma forma mais grave de apendicite precisam permanecer um longo período internadas, e às vezes passam por cirurgia complicada.
Os especialistas acreditam que o grau de complicação da inflamação depende da resposta imunológica do organismo. Talvez, por isso, as crianças alérgicas apresentam um problema mais leve --já que, grosso modo, em caso de alergias, as defesas do corpo reagem de modo exagerado a um "agressor", o que poderia minimizar a apendicite.
"As descobertas do estudo dão suporte à teoria de que a apendicite mais complicada tem um desenvolvimento imunológico diferente de uma inflamação menos graves. Os resultados também fornecem pistas para que, no futuro, seja possível identificar o problema de novas maneiras, como por meio de um exame de sangue", afirmou Martin Salö, médico do Hospital Universidade Skane e um dos autores do trabalho científico.
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