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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Saiba o que é fibrilação atrial, que fez cantor Sergio Reis ser internado

Na fibrilação atrial, o ritmo do coração se torna irregular - Divulgação/Instagram
Na fibrilação atrial, o ritmo do coração se torna irregular Imagem: Divulgação/Instagram

Do VivaBem, em São Paulo

10/08/2018 10h19

O cantor e deputado federal Sérgio Reis, 78, foi submetido a uma cirurgia no coração nesta quinta-feira. O sertanejo deu entrada no hospital com um quadro de fibrilação atrial e em seguida passou por uma ablação da arritimia. De acordo com o boletim médico, o cantor passa bem, mas ainda não há previsão de alta. 

Na fibrilação atrial, o ritmo do coração se torna irregular. O órgão não se contrai adequadamente, deixando o fluxo sanguíneo mais lento. Isso favorece a formação de coágulos que, após circular pelas artérias, pode chegar ao cérebro e provocar um derrame.

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Esse êmbolo também pode surgir em outros pontos do corpo, causando graves problemas como trombose, isquemia nos olhos, rins, intestinos, coluna ou até nos dedos dos pés, segundo Marcelo Luiz Peixoto Sobral, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, em entrevista publicada em 27/03/2018.

As causas são diversas e podem ir desde fatores genéticos (que podem fazer com que o indivíduo desenvolva a doença precocemente) até hábitos como o consumo excessivo de álcool ou estimulantes com cafeína. Tabagismo, hipertensão, obesidade e diabetes também podem predispor a pessoa à condição.

Sintomas são parecidos com arritmias comuns

É comum não sentir sintoma nenhum e só perceber que a doença existe durante a avaliação médica. Por isso é importante visitar o médico cardiologista pelo menos uma vez por ano. Se o indivíduo ainda tiver algum histórico de doença cardiovascular, for fumante, abusar do álcool ou tiver histórico de parentes com problemas no coração, deve marcar uma consulta ao menos a cada seis ou quatro meses.

Mas como saber diferenciar uma arritmia comum de um problema grave como a fibrilação? “A arritmia ‘normal’ pode se manifestar de uma forma muito fugaz. A pessoa sente uma palpitação que dura apenas alguns segundos ou minutos. Agora, quando a palpitação passa de 20 minutos, é melhor procurar por atendimento médico”, explica Pachón. Se o paciente não toma providências nas primeiras 24 horas corre grandes riscos de ter um derrame. De acordo com o cardiologista do HCor, a fibrilação aumenta em torno de 7% as chances de uma pessoa normal ter um AVC.

Tratamento não precisa ser intrusivo

Geralmente, os tipos de tratamentos variam conforme a gravidade do problema. Numa etapa inicial, a doença deve ser controlada apenas com medicamentos e alguns cuidados, como parar de fumar e de beber, controlar o peso, o açúcar no sangue e a pressão arterial e fazer a atividade física. Se o paciente tiver recorrência mesmo tomando todos os cuidados, um tratamento mais específico é recomendado, como a ablação por radiofrequência, que é uma espécie de cateterismo.

A prevenção deve ser feita tendo um estilo de vida saudável para diminuir o risco de doenças cardíacas e inclui não só parar de fumar, como também realizar atividades físicas regularmente, manter um peso saudável, evitar o abuso de álcool e controlar o nível de açúcar no sangue.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado na matéria, o termo correto é fibrilação atrial e não arterial. Já corrigido.