Dormir mais do que 8 horas por noite pode ser sinal de problemas cardíacos
Uma boa noite de sono é vital para saúde. Além de evitar dor crônica e alguns transtornos mentais, dormir o suficiente pode até prevenir o Alzheimer. Mas aquela ideia de que equilíbrio é tudo se aplica até à quantidade de horas na cama. Uma nova pesquisa publicada no periódico Journal of the American Heart Association na sexta-feira (3) mostrou que dormir demais está ligado a um maior risco de problemas cardíacos e até mesmo a um maior risco de mortalidade.
Calma, isso não quer dizer que dormir demais irá matá-lo. Mas os cientistas afirmam que passar muito tempo na cama pode ser um sinal ou um sintoma de um problema de saúde subjacente, ou até piorar os problemas já existentes.
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Para chegarem a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 74 estudos anteriores que registraram a duração e qualidade do sono, bem como a mortalidade e a saúde cardiovascular. No total, os estudos cobriram mais de 3 milhões de participantes. Os resultados mostraram que uma duração média 10 horas de sono por noite está ligada a um aumento de 30% de mortes prematuras, em comparação a sete horas por noite.
Uma média de 10 horas de sono também equivale a um aumento de 56% no risco de mortalidade por acidente vascular cerebral e um aumento de 49% no risco de mortalidade por doença cardiovascular. Enquanto isso, a má qualidade do sono estava ligada a um aumento de 44% nas taxas de doença coronariana.
Sem conclusões precipitadas
Mesmo com mais de 3 milhões de pessoas, o estudo tem algumas limitações: os hábitos de sono foram autorreferidos em vez de medidos em laboratório, portanto podem não ser totalmente precisos. Além disso, pode haver condições físicas ou mentais subjacentes não registradas nos estudos, mas que tenham efeito nos padrões de sono ou nos padrões de risco.
Como resultado, os pesquisadores não podem dizer que mais de oito horas de sono causam uma morte prematura, apenas que é algo que deveríamos estar observando como um possível sinal de alerta. De acordo com os autores, dormir as recomendadas sete a oito horas por noite pode acabar reduzindo significativamente o risco de problemas de saúde ao envelhecer.
"Se forem encontrados padrões excessivos de sono, especialmente duração prolongada de oito horas ou mais, os médicos devem considerar o rastreamento de fatores de risco cardiovascular adversos e apneia obstrutiva do sono", diz Chun Shing Kwok, um dos pesquisadores.
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