Há diferença entre AVC e derrame? Um termo é mais 'correto' que o outro

Embora muita gente se confunda, ter um derrame e ter um AVC (acidente vascular cerebral) são dois termos usados para a mesma coisa. Eles se referem a quando ocorre morte de células do cérebro pela interrupção do fluxo sanguíneo dentro do vaso (AVC isquêmico) ou o rompimento deste vaso (AVC hemorrágico).

A confusão com as duas palavras já foi mais comum, visto que as pessoas conheciam a doença popularmente pelo nome de derrame. Atualmente, os médicos afirmam ser muito raro os pacientes falarem derrame, mesmo se forem mais carentes de informação.

Usar a palavra AVC está mais frequente, e de alguma forma é o termo mais correto.

Além disso, a palavra derrame costuma trazer consigo uma carga negativa em relação ao paciente. Ela traz uma sensação de que não há mais nada a ser feito, o que não é verdade.

Após o AVC, existe um longo caminho de reabilitação para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Tipos de AVC e sua gravidade

O AVC é uma doença comum que afeta 17 milhões de pessoas por ano. Existem dois tipos de acidente vascular cerebral:

AVC hemorrágico: é mais agressivo e se dá quando um vaso sanguíneo ou artéria se rompe, causando vazamento do sangue;

AVC isquêmico: pode ocorrer quando há um entupimento do vaso sanguíneo por acúmulo de placas de gordura em suas paredes ou por um coágulo entupir o vaso e impedir o fluxo de sangue.

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Em ambos os casos, depende muito da área em que houve o acidente no cérebro, do tamanho e da gravidade da lesão para determinar quais serão as sequelas do paciente.

De qualquer forma, uma equipe multidisciplinar com fisiatras, neurologistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e outros profissionais podem atuar para melhorar as sequelas e dar uma melhor qualidade de vida ao paciente.

Leia tudo sobre o que é o AVC, seus sintomas e tratamentos aqui.

Fonte: Letícia Januzi, neurologista vascular

*Com matéria publicada em 03/06/2020

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