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Você tem medo de altura? Terapia virtual ajuda pessoas a superarem fobia

A terapia envolvia um treinador de avatar fazendo uma avaliação antes de convidar o indivíduo a escolher um andar de um prédio virtual e pedir que ele realizasse atividades - Oxford VR
A terapia envolvia um treinador de avatar fazendo uma avaliação antes de convidar o indivíduo a escolher um andar de um prédio virtual e pedir que ele realizasse atividades Imagem: Oxford VR

Do VivaBem

12/07/2018 13h22

Um novo tipo de terapia virtual pode tratar o medo de altura, de acordo com um estudo publicado no periódico The Lancet Psychiatry na quarta-feira (12).

Os pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, separaram 100 pessoas com fobia de altura em dois grupos: 49 fizeram o tratamento de realidade virtual por meia hora, duas a três vezes por semana, enquanto o resto das pessoas seguiram sem um tratamento específico.

A terapia envolvia um treinador de avatar fazendo uma avaliação antes de convidar o indivíduo a escolher um andar de um prédio virtual e pedir que ele realizasse atividades, como resgatar um gato de um galho, para explorar os pensamentos por trás de seus medos.

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O medo de altura dos indivíduos foi avaliado por meio de uma série de questionários no início do estudo, após duas semanas e, novamente, após outras duas semanas.

Os resultados revelam que todos os 49 voluntários que fizeram o tratamento virtual mostraram uma melhora significativa em sua fobia, com as pontuações do questionário sobre o medo de altura diminuindo 68%, em média. Quem não recebeu tratamento mostrou uma queda na pontuação de um pouco mais de 3%.

A equipe também descobriu que os benefícios ainda eram vistos duas semanas após a terapia e que houve poucos sinais de efeitos colaterais, como náusea por causa dos fones de ouvido.

“Esse é um dos tipos mais comuns de fobia, mas a maioria das pessoas com ela não procuram tratamento”, diz Daniel Freeman, autor do estudo.

Embora novas pesquisas sejam necessárias para comprovar a eficácia do método, os cientistas estão otimistas com os resultados e afirmam que essa tecnologia poderia ser útil além das fobias, como transtorno bipolar ou ansiedade, por exemplo. "O medo está na raiz da psicose, e se precisar de mais soluções inovadoras para ajudar pessoas com problemas mais idiossincráticos", afirmou Warren Mansell, psicólogo da Universidade e Manchester, no Reino Unido, ao jornal The Guardian.

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