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Procedimento de "congelar gordura" causa mais complicações do que esperado

O procedimento atua destruindo as células adiposas subcutâneas sensíveis ao frio. - Getty Images
O procedimento atua destruindo as células adiposas subcutâneas sensíveis ao frio. Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

09/07/2018 14h01

A criolipólise é um procedimento estético não invasivo realizado para eliminar a gordura localizada. Basicamente, na técnica as células de gordura são congeladas e "morrem". O tratamento é realizado sem a necessidade de cortes, agulhas ou anestesia.

No entanto, uma complicação gerada pela técnica pode ser mais comum do que os especialistas pensavam anteriormente, e obrigar os pacientes a serem submetidos a uma lipoaspiração, sugere um artigo publicado na edição de julho da Plastic and Reconstructive Surgery, revista médica oficial da AmericanSociety of Plastic  Surgeons (ASPS).

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Os cientistas explicam que a criolipólise pode provocar a hiperplasia adiposa paradoxal (HAP) --espécie de área endurecida de gordura localizada. Até então, problema vinha sendo relatado como um evento adverso raro após o procedimento. Na HAP, na área tratada fica uma "massa indolor, visivelmente aumentada, firme e bem demarcada" sob a pele.

Segundo um fabricante do equipamento de criolipólise, a incidência de HAP é de 0,025%. Porém, no estudo, que analisou 15 pacientes, sendo que 11 apresentaram HAP, os cientistas apontam que o surgimento do problema é muito maior: 0,72%, ou cerca de um em cada 138 tratamentos com criolipólise.

A boa notícia é que o problema foi solucionado com sucesso em todos os casos, mas as pessoas precisaram realizar lipoaspiração. Os autores reconhecem que é "muito perturbador" para pacientes que, inicialmente, procuraram um procedimento não invasivo de redução de gordura terem que enfrentar uma cirurgia para corrigir o problema. 

"Devemos ser extremamente sensíveis quando lidamos com pacientes que têm HAP, tanto na hora de explicar o problema quanto para oferecer uma solução cirúrgica em potencial", escreveram os cirurgiões Michael E. Kelly e José Rodríguez-Feliz, autores do trabalho científico. 

Os cientistas enfatizaram ainda a necessidade de mais estudos para esclarecer a incidência de HAP após a criolipólise, na tentativa de identificar possíveis fatores de risco e avaliar os resultados em longo prazo da lipoaspiração para corrigir o problema.

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