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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Choque no cérebro reduz comportamento violento em até 70%

Estimulação foi feita por 20 minutos - iStock
Estimulação foi feita por 20 minutos Imagem: iStock

Do VivaBem

04/07/2018 11h07

Estimular o córtex pré-frontal, a parte do cérebro responsável pelo controle de ideias e comportamentos, pode reduzir a intenção de uma pessoa de cometer um ato violento em mais de 50%, de acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura. Os pesquisadores ainda mostraram que o uso de uma técnica minimamente invasiva, chamada estimulação transcraniana por corrente direta, aumentou a percepção de que atos de agressão física e sexual eram moralmente errados.

Para chegar a essas conclusões, a equipe conduziu um experimento em 81 adultos saudáveis. Os participantes foram divididos em dois grupos. O primeiro recebeu estimulação no córtex pré-frontal por 20 minutos; o segundo, chamado de grupo placebo, recebeu uma corrente baixa por apenas 30 segundos e passou o resto do tempo sem receber mais nada.

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Após o estímulo, os pesquisadores apresentaram aos participantes cenários hipotéticos sobre agressão física e sexual e pediram que eles classificassem em uma escala de 0 a 10 (sendo 0 sem chance e 10, 100%) a probabilidade de que atuarem como protagonistas. Para o grupo experimental, a estimulação diminuiu sua intenção de realizar agressão física e sexual em 47% e 70%, respectivamente, se comparados aos do placebo.

De acordo com os pesquisadores, eles estão tentando encontrar intervenções biológicas benignas que a sociedade aceitará. Segundo eles, isso não é uma lobotomia frontal. Adrian Raine, um dos autores do estudo, está esperançoso. "Historicamente, não adotamos esse tipo de abordagem para intervenções em torno da violência, mas isso é promissor. Nós só fizemos uma sessão de 20 minutos e vimos um efeito. E se tivéssemos mais sessões? E se fizéssemos isso três vezes por semana durante um mês?"

Apesar dos resultados, os cientistas afirmam que mais pesquisas são necessárias antes de terem certeza de que esse tipo de tratamento reduzirá a violência.

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