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Bactéria que causa diarreia pode resistir à higienização de alimentos

do VivaBem, em São Paulo

27/06/2018 12h44

Lavar bem os alimentos para evitar intoxicação alimentar é uma das principais recomendações dos médicos. Porém, um novo estudo publicado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP revelou que genes da bactéria Campylobacter coli, causadora de diarreia em humanos, podem resistir ao controle de sua proliferação em alimentos.

O estudo foi realizado com bactérias coletadas em seres humanos, animais, alimentos e ambiente nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Ribeirão Preto.

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“A doença decorrente da infecção por bactérias do gênero Campylobacter é uma zoonose de distribuição mundial com repercussões significativas em termos de saúde pública e com um elevado impacto socioeconômico”, afirma a professora Juliana Pfrimer Falcão. “Usualmente, esse gênero de bactérias causa gastroenterite (diarreia)”.

A campilobacteriose é clinicamente indistinguível das infecções intestinais causadas por outros micro-organismos, como Salmonella e Shigella. “A principal rota de transmissão de Campylobacter, especificamente das espécies Campylobacter coli e Campylobacter  jejuni, para seres humanos, é a manipulação e o consumo de carne de frango mal cozida”, relata a professora. Mas a contaminação também pode acontecer em piscinas, contato com animais portadores, incluindo animais de estimação, e consumo de leite não pasteurizado. 

Identificação de bactérias

Após analisarem dados de 16 genes de bactérias, os cientistas identificaram que as bactérias sobrevivem frente a diferentes condições de estresse. Entretanto, as altas taxas de crescimento e sobrevivência das linhagens estudadas são resultados importantes, pois demonstram que essas linhagens não teriam seu crescimento inibido por algumas das medidas de controle de crescimento bacteriano utilizadas em alimentos”, aponta Juliana.

De acordo com os cientistas, a principal forma de evitar a contaminação pela bactéria é lavar as mãos antes, durante e após o preparo de alimentos e depois de tocar em animais, além de higienizar bem alimentos ou pertences. “Tábuas de corte e facas utilizadas no preparo de carnes, frango e frutos do mar devem ser usadas separadamente dos demais alimentos e higienizadas corretamente”, explica a professora. “Os alimentos devem ser cozidos na temperatura adequada e não se deve consumir leite não pasteurizado e água não tratada.” (Com Agência Fapesp)

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