Tabagismo e diabetes podem aumentar risco de Alzheimer
A demência é um grande problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Para descobrir como minimizar o problema, a ciência tem estudado com frequência o hipocampo, estrutura cerebral importante para o armazenamento da memória de curto e longo prazo.
A doença de Alzheimer, o tipo mais comum de demência, está associada à atrofia dessa parte do cérebro. No Brasil, o número de pessoas com a doença já atinge cerca de 1,2 milhão. Apenas metade delas se trata, e, a cada ano, surgem 100 mil novos casos.
Recentemente, pesquisadores do Centro Médico Universitário de Utrecht (Holanda) levantaram a hipótese de que o acúmulo anormal de cálcio no cérebro pode estar relacionado a problemas vasculares que contribuiriam para a atrofia do hipocampo e a deterioração cognitiva.
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Por isso, os cientistas holandeses decidiram estudar a associação entre fatores de risco vasculares como hipertensão arterial, diabetes e tabagismo e calcificações no hipocampo. Eles também avaliaram os efeitos das calcificações na função cognitiva.
O grupo de estudo incluiu 1.991 pacientes com idade média de 78 anos, que tiveram um diagnóstico padrão incluindo testes cognitivos e tomografia computadorizada do cérebro.
Dos 1.991 pacientes, 19% tinham excesso de cálcio no hipocampo. Idade avançada, diabetes e tabagismo foram associados a um aumento do risco de calcificações nessa parte do cérebro. "Em um estudo histopatológico recente, as calcificações hipocampais foram uma manifestação de doença vascular. Sabe-se que o tabagismo e o diabetes são fatores de risco para doenças cardiovasculares", disse Brouwer, um dos autores do estudo.
Embora o estudo não tenha sido desenhado para determinar de forma conclusiva se fumar e diabetes aumentam o risco de calcificações hipocampais, os resultados sugerem fortemente uma ligação.
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