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Açúcar encontrado no leite materno pode prevenir alergias alimentares

Bebês que mamam no peito têm um risco menor de desenvolverem chiado, infecções, asma e obesidade - iStock
Bebês que mamam no peito têm um risco menor de desenvolverem chiado, infecções, asma e obesidade Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

14/06/2018 16h12

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que oligossacarídeos --tipo de açúcar presente no leite materno -- podem prevenir futuras alergias nas crianças. 

Os resultados do estudo foram publicados na edição de junho da revista Allergy, e ressaltam ainda mais a importância da amamentação para a saúde, já que o nutriente não é encontrado na fórmula infantil (os leites em pó para bebês). 

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Os oligossacarídeos são o terceiro componente sólido mais abundante no leite humano após a lactose (um tipo diferente de açúcar) e a gordura. Os oligossacarídeos não são digeridos pelos bebês, mas agem como um prebiótico --alimentam as bactérias "boas" do intestino --, ajudando a orientar o desenvolvimento da microbiota infantil. Pesquisas anteriores mostraram que crianças que mamam no peito têm um risco menor de desenvolverem chiado, infecções, asma e obesidade.

Como o estudo foi feito

Cientistas analisaram amostras de leite e dados de 421 bebês e mães participantes do estudo CHILD, realizado no Canadá. 

Com um ano de idade, os pequenos foram submetidos a testes cutâneos para verificar a reação a alérgenos comuns, incluindo certos alimentos. "Um teste positivo não é necessariamente uma prova de uma alergia, mas indica uma sensibilidade maior", explica Meghan Azad, um dos autores da pesquisa.

A equipe descobriu que 59 das 421 crianças com um ano de idade apresentaram sensibilização a um ou mais alérgenos alimentares. Nenhum oligossacarídeo individual foi associado com problema alimentício. "Nossa pesquisa identificou um perfil de  oligossacarídeos 'benéfico' que foi associado com uma menor taxa de sensibilização de alimentos em crianças com um ano", conclui Lars Bode, co-autor do estudo.

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